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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Marcha contra mina a céu aberto em Calabor junta portugueses e espanhóis

 Portugueses e espanhóis marcharam ontem contra a instalação de uma mina de volfrâmio e estanho em Calabor a poucos quilómetros da fronteira com Portugal.


Cerca de 70 pessoas quiseram chamar a atenção para o que dizem ser um projecto com fortes elevados impactos ambientais para a região.

Ángel Duarte habitante de Calabor já trabalhou nas antigas minas, e recorda os efeitos negativos nomeadamente na água.

“Como lavam a terra, o estanho e o volfrâmio todo o lodo do pó descia até ao rio e como havia pouca quantidade de água no Verão todos os locais com água mais parada tinham lodo e era perigosos, ninguém podia entrar no rio”, recorda.

A marcha por 7,5 quilómetros percorreu alguns caminhos de contrabando e passou perto do local para onde está projectada a mina a céu aberto.

A iniciativa foi organizada pela plataforma espanhola contra a mina e pelo movimento UIVO, criado do lado de cá da fronteira para contestar o investimento. Rui Loureiro deste movimento explica que a marcha serve para alertar a comunidade e decisores, mas também para ver no local quais poderão ser as implicações de uma exploração como a que se prevê.

“Achávamos que estava na altura de as pessoas conhecerem do que estamos a falar, de facto lemos, instruímo-nos sobre o que pode estar em causa com este projecto, mas achamos que estava na altura de ver, até em termos de paisagem o que está em causa, até a parte hidrológica, muito importante aqui, tem muitos aquíferos que vem alimentar projectos de exploração de água como depois bacias do Sabor e do Douro”, sublinhou.

Maria Duarte, que detém um balneário de águas em Calabor, diz que é importante chamar a atenção das pessoas para o impacto que esta exploração terá se avançar.

“Há muita gente que não conhece ou que conhecendo o projecto não sabe o alcance do que está previsto. O objectivo é explicar às pessoas que o que se vai fazer é algo descomunal, fora do lugar e numa zona como esta tem uma implicação muito grande, é um projecto muito selvagem. Em Calabor já houve mina, desde sempre, mas o que vem agora não é uma mina como as antigas, tem 2650 hectares a céu aberto e com implicações ambientais muito grandes”, realça.

A declaração de impacto ambiental do projecto já esteve em consulta pública e o governo português foi chamado a pronunciar-se, mas pediu mais informação ao governo espanhol, pela qual ainda estará a aguardar. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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