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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Festa da Cereja&Co arrancou sem praticamente fruto para vender

 Os concelhos do Vale da Vilariça vão registar perdas de 30 a 50% na produção de cereja, por causa da vaga de frio que se fez sentir no inicio do mês de Abril, que também atrasou a maturação do fruto


A cereja está tão atrasada que, este fim-de-semana, em Alfândega da Fé, no arranque da festa que lhe é dedicada, apenas um produtor a vendeu. Luciano Silva tem 15 hectares de árvores e, por sorte, não deve ter grandes quebras mas ainda não tem quase fruto para vender. "Há muitas verdes. Deviam estar mais maduras. Este ano estão 15 dias atrasadas. No ano passado, por esta altura, já tinha 12 mulheres a apanhar cereja. Este ano ainda não há quase nada".

Beatriz Reis também é produtora mas ainda não tem cerejas para vender. A agricultora deve registar perdas mas o fruto será de qualidade. "Este ano a cereja está tardia. Isto não costuma acontecer. O tempo mudou muito. Fez muito frio. Ainda assim, podemos dizer que será boa e que há árvores muito bonitas".

Apesar da quebra e do atraso ma maturação, o presidente da câmara de Alfândega da Fé e da Cooperativa Agrícola local, Eduardo Tavares, também garante um fruto de qualidade. "Temos um atraso significativo na maturação do fruto. Está duas a três semanas atrasado e poderá haver algumas quebras. Pelo que tenho ouvido dos produtores, deverão rondar os 30 a 50%. Ainda assim, a qualidade não estará comprometida".

Há cinco anos, a Câmara e a Cooperativa Agrícola de Alfândega da Fé arrendaram 25 hectares de terrenos a jovens agricultores, no Vale da Vilariça, onde há agora cerca de cem hectares. Neste momento, os terrenos estão todos plantados e em produção. Só no concelho de Alfândega são 80 hectares de árvores e a maior parte são plantações novas. "Neste momento temos cerca de 60 hectares de área de pomar novo, plantado nos últimos cinco anos. Não é muito mas é significativo porque são jovens agricultores que se instalaram, que estão a produzir num novo regime mais intensivo. A cooperativa já quase não tem pomares antigos. A maioria são pomares novos que nos dão esperança de termos mais e melhor cereja".

Perante as quebras na produção de cereja, a directora regional de Agricultura e Pescas do Norte, Carla Alves, diz que não há medidas de apoio específicas mas os agricultores não estão esquecidos. "As medidas são desenhadas para todos os sectores de agricultura que estão a passar dificuldades, sobretudo dificuldades associadas ao crescimento enorme dos custos dos factores de produção. Aquilo que o ministério está a preparar é, neste momento, uma ajuda forfetária, com um envelope financeiro de 27,3 milhões. Até Setembro iremos pagar ajudas forfetárias para minimizar estes prejuízos dos agricultores".

A feira apresenta-se num formato renovado. Festa da Cereja&co é a nova designação da iniciativa, numa alusão à feira e ao mercado online, que nos últimos tempos serviu para vender produtos locais, já que não se podiam realizar certames presenciais.

A festa começou neste fim-de-semana e prolonga-se até dia 12 de Junho, sendo que na abertura a cereja foi vendida a dez euros o quilo, porque particamente não há fruto.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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