Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

CASTANHAS

 O Mensageiro informa-me que este ano a colheita do pão de madeira é menor e está atrasada. Desde a escrita de um texto para o livro Maria Castanha da autoria do estimado amigo Jorge Lage que, nada tenho lido acerca do fruto de sentido castanha/castanha que, os bons dicionários de cores escalpelizam a preceito.
Nos países produtores de castanha, o fruto assumiu crucial importância no amenizar a fome ancestral de todos os deserdados, humilhados e ofendidos para lá das jocosidades derivadas dos seus efeitos
Flatulentos, muitos dos quais inseridos num livro em língua espanhola que possuo-o e, o advogado que veio do Brasil e se radicou em Bragança também tem na sua biblioteca.
A maioria das pessoas não está interessada nas singularidades simbólicas, filosóficas, históricas, pictóricas e religiosas que Dom José Cordeiro, Arcebispo de Braga escolheu para capa e título de um seu livro eivado de reflexões, elas preferem manducar a filosofar, pois só o desditado Boécio autor da importante obra Consolação Pela Filosofia conseguiu lenitivos afugentadores episodicamente dos males da ânima torturada e feridas corporais recebidas depois de ter caído em desgraça.
Lastimo as perdas, certamente, derivadas da ausência de chuvas abundantes na época certa, do mesmo modo interrogo-me acerca da escassa produção nacional de confeitos na essência de castanhas nas áreas da confeitaria e pastelaria, licores e demais bebidas espirituosas. No que tange ao receituário da denomina alta cozinha a castanha enquanto elemento principal também é reduzida no âmbito nacional se compararmos por exemplo com cogumelos. Pois… as comparações são odiosas dizem os ingleses!
Um caldo de cuscos, castanhas e rodelas de chouriça degustei, jubilosamente, num restaurante espanhol (uma estrela do Miquelino) perto de Bragança, sápidos arrozes com castanhas faziam as Mestras cozinheiras das aldeias da Terra Fria quebrando a monotonia das couves, das batatas e dos feijões. Porém recordo a advertência de um ancião Lagarelhos que após comer alguns bilhós assados estendia a mão e exclamava: um palmo de madeira chega!
Um ou mais palmos de madeira, acompanhados da leitura de poemas de exaltação dos castanheiros do solene esteta que foi o poeta Fernando Echevarría, sugiro para todos quantos fogem ao empanturramento das discussões do pé na bola.

Armando Fernandes

Sem comentários:

Enviar um comentário