O certame aconteceu em simultâneo com a Feira de Artesanato e trouxe à cidade 400 expositores de vários pontos do país. Para os brigantinos já é uma tradição, mas há sempre quem venha pela primeira vez.
“É a primeira vez que estou aqui. É muito bom. Já comprei muitas cantarinhas, gastei já muito dinheiro”, contou a brigantina Fátima Pires, que está emigrada em França.
“Viemos dar uma volta, somos de Puebla de Sanabria e decidimos passar o dia na Feira das Cantarinhas. Já não é a primeira vez, já viemos há três anos”, disse uma visitante.
Maria de Lourdes é a única artesã que faz as cantarinhas de Bragança. Começou a trabalhar o barro há 25 anos e nunca mais parou. Agora teme que esta arte fique por aqui, já que os jovens pouco se interessam.
“É uma pena. Ainda ontem disse à minha filha para ver se ela começa a fazer as cantarinhas, porque partindo eu não há quem faça as cantarinhas de Bragança. As escolas profissionais deviam ter estes cursos. O barro é um bocadinho cansativo, suja muito e hoje em dia a juventude o que quer é telemóveis”, referiu.
Além das cantarinhas, também não faltou outros tipos de artesanato. Os comerciantes dizem ter vendido bem, até porque já têm clientes habituais.
“Está a correr melhor que o ano passado. As pessoas procuram este tipo de artesanato. Faço presépios, santos populares, flores, cestos decorativos”, disse a comerciante Florisbela Alves.
“Para mim pelo menos está a correr bem. Tenho a sorte de as pessoas gostarem das peças que produzimos e o facto de vir cá há anos faz com quem já tenha alguns clientes que me procuram nesta altura”, referiu o expositor Carlos Ribeiro.
A Feira das Cantarinhas aconteceu entre sexta-feira e domingo em Bragança, sendo que a Feira de Artesanato já tinha começado dois dias antes. Os certames complementam-se e são uma atracção para habitantes e visitantes.
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