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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Miranda do Douro recriou "Guerra do Mirandum"

 Miranda do Douro andou para trás no tempo, durante este fim-de-semana, e viajou até 1762, quando aconteceu a “Guerra do Mirandum”


O castelo, ou o que resta dele, fruto dessa guerra, foi palco para a recriação histórica daquele que foi um dos momentos mais marcantes da história da cidade, com a morte de centenas de pessoas e o abandono da diocese.

“1500 arrobas de pólvoras rebentarem numa cidade destas sem dúvida que cria aqui um tempo de atraso, de retrocesso, de inglória. Levou quase 200 anos a recompor-se. Para lá da guerra perdeu também a sua diocese, o senhor bispo abandonou a cidade e foi para Bragança e isso foi melindroso para toda a comunidade mirandesa”, explicou o professor de História, Herminio Bernardo.

Entre sexta-feira a domingo, foram várias as recriações da invasão do exército franco-espanhol a Miranda do Douro. Marco Moreno, da companhia de teatro Almanach, diz ter sido uma grande responsabilidade recrearem um momento tão importante, tendo em conta a riqueza do território de Miranda.

“Miranda é um sítio belíssimo, com tradições, identidade, cultura únicas, que devemos nós, resto do país, tentar também preservar, cultivar, incentivar à continuação da prática do ensino do mirandês nas escolas, da cultura de Miranda. É uma responsabilidade enorme virmos a esta pequena terra, mas com tanta história, recriar estes momentos”, disse.

A iniciativa atraiu gentes da terra mas também visitantes espanhóis, que se mostraram encantados.

“Encanta-me o ambiente que aqui há. Tínhamos visto que havia festa e viemos”, disse uma espanhola que visitava Miranda no fim-de-semana.

A “Guerra do Mirandum” foi o pretexto para a representação de mais marcos históricos de Miranda do Douro. A presidente da câmara, Helena Barril, promete que para o ano haverá mais.

“A riqueza histórica de Miranda também nos vai proporcionar acontecimentos desta natureza para dar a conhecer mesmo aos mirandeses e a estes povos que nos cercam, mas será também uma forma de promover turisticamente Miranda, porque este conceito de feiras é muito acarinhado pelo público, portanto é uma questão de olharmos para os livros de história e verificarmos quais são os factos que queremos lembrar, mas sempre aqui à volta do castelo”, referiu.  

Além das representações, não faltaram as barracas de comércio, de artesanato e de fumeiro, e também as típicas tabernas.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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