O equipamento municipal encontra-se encerrado “por razões de segurança”, segundo o município, que espera iniciar no próximo ano os trabalhos de requalificação do parque que nos meses de verão chegou a contabilizar 40 mil dormidas de 17 nacionalidades.
Localizado no distrito de Bragança, este espaço oferece campismo, natureza e lazer e é a partir destes recursos naturais que a autarquia se propõe desenvolver o projeto de requalificação com um conceito que também envolve investigação ambiental.
O anteprojeto da intervenção encontra-se em consulta pública até 30 de agosto no Centro Cultural da vila transmontana “para que todos os munícipes possam perceber o que se desenha e dar os seus contributos”, segundo o presidente da Câmara, Pedro Lima.
O autarca anunciou que tem “2,5 milhões de euros já cativos no Fundo Ambiental” para concretizar o projeto e a expectativa é “lançar o concurso para a execução da primeira fase da obra até finais de 2023, para dar início aos trabalhos durante 2024”.
A ideia é “requalificar o parque de campismo, inaugurado em 1983, trazê-lo à atualidade com um novo tom, de conservação, das alterações climáticas, de retenção do conhecimento, colocar noutro patamar os 30 hectares do Peneireiro e transformá-lo num Eco Park”.
O presidente da Câmara explica que a intervenção pretendida assenta nos recursos naturais que existem, acrescentando-lhes valor, “com respeito pelo planeta, pelos recursos que nele existem, pelas acessibilidades e inclusão, pela preservação do ecossistema, da fauna e flora, pela biodiversidade”.
Com este projeto, Vila Flor pretende “conquistar um lugar de referência na era moderna que conjugue conforto, natureza, ‘glamour’, modernização, inovação, recreio e lazer”.
Em concreto, está prevista a criação de “um centro de alterações climáticas com vertentes de estudo, investigação e desenvolvimento de ações na área florestal”, em parceria com instituições de ensino superior e investigação, como o Instituto Politécnico de Bragança.
Na vertente de recreio e lazer, o município projetou “um anfiteatro ao ar livre com mobiliário moderno, zonas de contemplação e relaxamento, nomeadamente para observar o céu estrelado de um território com certificação Starlight, espaços que convidem à leitura e convívio”.
Na oferta mais conhecida, a do campismo, “a ideia passa por aprofundar e aplicar em Vila Flor o conceito de ‘glamping’, acampamento com tendas funcionais, campismo com zonas individualizadas e abrigos para tendas, ‘bungalows’ com linhas modernas de design e arquitetura”.
A requalificação visa criar também um parque de estacionamento para caravanismo com capacidade para 40 autocaravanas e uma piscina natural.
Está ainda prevista uma zona para refeições, que pode ser acedida a pé ou em família, pela ciclovia que ali vai ser desenhada, com passagem nas zonas para recreio, com equipamentos para diversão de crianças e prática desportiva com ginásio ao ar livre.
O Complexo do Peneireiro possui ainda, em áreas contíguas, piscinas municipais, o campo de futebol de praia “Arena Vila Flor”, um complexo desportivo, um míni zoo, e a barragem do peneireiro, entre outras infraestruturas.
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