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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Freguesia de Vimioso exige que escola e câmara se retratem no caso de abuso sexual de menores

 A Junta de Freguesia de Vimioso (JFV) defendeu hoje que quem deveria pedir desculpa e retratar-se, no caso dos abusos sexuais a menores no Agrupamento de Escolas, seria a própria direção do estabelecimento de ensino e o município.


“Quem deveria pedir desculpa e retratar-se seria a própria direção da escola e o município, na pessoa da vereadora da Educação e presidente do Concelho Geral, Carina Machado Lopes”, afirmou a Junta de Freguesa de Vimioso (JFV), num comunicado enviado à agência Lusa.

De acordo com mesmo documento emitida pela JFV, no distrito de Bragança, “a conclusão deste inquérito provou que, infelizmente, a situação era tão, ou mais grave, quanto denunciámos e é pertinente que o poder central olhe para ela e reveja a necessidade de fazer inquéritos internos, profundos e rigorosos, a fim de apurar responsabilidades de gestão”.

“Salientamos, uma vez mais, que a única preocupação da Junta de Freguesia são os alunos, o seu bem-estar, assim como o de todos os munícipes”, vincou esta autarquia.

Contactada hoje, pela Lusa a vereadora da Educação do município de Vimioso, Carina Machado Lopes, disse que “os resultados do Inquérito Tutelar Educativo (ITE) são coincidentes com o relatório do procedimento disciplinar, que a direção do Agrupamento de Escolas de Vimioso fez aos alunos alegadamente envolvidos”.

“Neste ITE deveremos ter o cuidado de distinguir duas coisas: Primeiro, a alegada brincadeira do exame à próstata que existiu e que a escola assumiu, pelo que aplicou medidas disciplinares aos alunos envolvidos, o que está de acordo as medidas do inquérito. Em segundo lugar, a alegada sodomização de um aluno de 11 anos, que o Ministério Púbico (MP) diz não se provar”, disse a vereadora.

Carina Machado Lopes acrescentou ainda que se “ o MP não provou a existência de sodomização, então a denúncia do presidente da Junta de Freguesia [José Ventura] é falsa e se continua a dizer que houve sodomização que apresente provas e que as faça chegar ao MP.”

A Junta de Freguesia de Vimioso garante que a escola não procedeu em conformidade porque só passados três dias de ter conhecimento desta situação, e depois de ter sido feita a denúncia, é que foram tomadas as providências básicas por parte das instituições.

“A Junta de Freguesia mantém a sua posição, reforçando que a mesma foi tida na sequência de várias situações irregulares relatadas por alunos e encarregados de educação”, indicou.

Para a junta, “é lamentável que se continue a utilizar uma situação como esta como arma de combate político”.

“Foi feito inicialmente, aquando da saída da notícia, pelo senhor subdiretor, Licínio Ramos Martins, em sede de Assembleia Municipal e na qualidade de presidente de junta, e continuam a fazê-lo agora, visto que a grande preocupação destes senhores se prende com um pedido de desculpas público, pelo facto de a Junta de Freguesia de Vimioso ter denunciado suspeitas de factos graves que vieram a ser provados”, pode lê-se no documento enviado à lusa pela junta.

Segundo esta autarquia, a conclusão deste inquérito provou que, “infelizmente, a situação era tão ou mais grave” do que o que foi denunciado e “é pertinente que o poder central olhe para ela e reveja a necessidade de fazer inquéritos internos, profundos e rigorosos, a fim de apurar responsabilidades de gestão”.

A Lusa contactou a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), mas não obteve quáquer resposta.

Onze alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso, distrito de Bragança, sofreram abusos sexuais por outros 11 estudantes, concluiu o MP após a investigação a uma alegada sodomização de um aluno, que não ficou provada.

O despacho final do ITE, a que a agência Lusa teve acesso, determina a suspensão provisória do processo a nove dos menores - com idades até 16 anos -, mediante o cumprimento de um plano de conduta que estipula várias obrigações, como “frequentar programa a implementar pela Direção-Geral de Reinserção dos Serviços Prisionais (DGRSP) com incidência na sexualidade, respeito pelo corpo humano e privacidade”.

À data dos factos, ocorridos no interior da escola, em 18 e 19 de janeiro, dois outros jovens já tinham 16 anos e podiam responder criminalmente, mas o MP promoveu, igualmente, a suspensão provisória do processo, na condição de os arguidos também cumprirem um plano de conduta, que prevê trabalho comunitário e a frequência do programa da DGRSP.

FYP/JGS // MSP
Lusa/fim

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