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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Os Putos, as Miúdas dos partidos e o Instituto Cunha

No primeiro dia, alguns vão bem vestidos e bem vestidas. Pé ante pé. Mostram-se humildes e prontos a aprender. Sorriem. Ninguém sabe bem como apareceram “ali” nem por quê… e muito menos para quê?
Depois compreende-se com mais facilidade quando se analisa a ascendência, o anterior percurso profissional (se existir) ou, fundamentalmente, se forem revistas as fotos da última campanha...
Os Putos e as miúdas, naturalmente, são subservientes e vão, como figurantes, a todas.
Elas, as miúdas, por norma, têm sempre uns palmitos de cara. Convém…para embelezarem as fotos e os filmes e para fazerem número…e, claro, também vão a todas. Outras vezes nem isso, basta que o papá tenha influência no partido.
Começam simpáticos e elas também.
A elas, quase lhe basta abanar as ancas (se as tiverem) e a eles, não pensarem e muito menos dar opinião sobre o que quer que seja... caso a tenham, o que não é nada seguro nem garantido.
Passados uns tempos e se estiver tempo bom, já andam de calções ou calças rasgadas e de chinelos "de meter o dedo".... Fazem-se sempre acompanhar, ou acompanham, as “altas esferas”, tipo adornos.
Passados uns tempos começam a olhar para os velhos e para as velhas, com sobranceria alguma arrogância, altivez e segurança (costas quentes). Muitos e muitas tornam-se normalmente, mal-educado/as.
Passados mais uns tempos, acontece o previsível. Já estão de pedra e cal na instituição, já mandam, ou pensam que mandam... São aprovados no período experimental sem terem, uma única vez, exercido as funções para as quais foi aberto o concurso para o qual concorreram.
Passa a "valer" mais a opinião dos Boys e das Girl´s do que a dos esforçados trabalhadores que deram décadas da sua vida de dedicação às instituições e que as conhecem profundamente.
Fazem os currículos a profissionalização e a experiência nos jantares, nos copos da “night”... na subserviência que é tanto do agrado dos fracos líderes… transformam as instituições em FRACAS INSTITUIÇÕES!
Como têm as agora obrigatórias e facilitadas, licenciaturas, que lhes ensinaram tudo menos o básico, SABER LER e ESCREVER sem erros ortográficos e o tempo dos verbos, começam de imediato a ganhar mais do que os velhos, e as velhas, que sustentam e fazem andar a máquina, cada vez mais ferrugenta, das instituições. Esses velhos e essas velhas que têm décadas de serviço nas instituições e que se meterem um atestado médico a instituição treme... abana.
Esses velhos e essas velhas que sentem a instituição como a missão que têm e devem cumprir.
Esses putos e essas miúdas, entram à hora que querem, saem à hora que querem…fazem o que querem e gabam-se disso nas tertúlias e até nos corredores. São recebidos como heróis e heroínas, são escandalosamente bajulados como salvadores da pátria. A única obrigação "sine qua non" é NUNCA faltarem às festas, sejam elas a que horas forem e, pelo menos fazerem crer que são fervorosos "adeptos" do partido.
Algumas e alguns, pouco mais fazem do que colocar uns “gosto” (likes) nas publicações do patrão. Não têm opinião, não precisam e dá trabalho.
VIVA A REPÚBLICA!
Claro que estou a falar dos bebés de ambos os sexos das JOTAS, os JOTINHAS.
Estou a falar do Instituto CUNHA.
E, claro, também há os vira-casacas que bamboleiam conforme lhes convém, e que interessam como apêndices para fazer coro.
Estes, os do último parágrafo, envergonham uma geração que prometeu, e lutou, por um país mais justo e com iguais oportunidades para todos. Duvido que os filhos e as filhas, não se envergonhem deles...e só não lho dizem por medo de serem deserdados.
Os Putos e as Miúdas…ou aprendem o que é a vida ou…podem ter um desgosto. Eles, elas, os papás, as mamãs…os padrinhos.
Já vi tanta “coisa”. O que hoje é verdade amanhã é mentira e vice-versa, claro.
Metem-me asco as “pessoas” que se vendem, que se deixam comprar.
Um dia, num determinado concurso público, levei às costas uma máquina de escrever com teclado nacional hcesarop, desde o fundo da Rua Direita até à Escola Industrial e Comercial, onde se iam realizar as provas. Levei às costas, porque nunca tive papá e os carros estavam nos stands. A “tipa” era pesada garanto-vos…
Agora os "concursos" são fatos feitos à medida do candidato e onde só ele/a cabe.
Os concursos públicos são apenas para "arranjar" emprego, ou tacho, aos afilhado/as, aos correlegionários e aos filinho/as dos papás especialistas em abanar bandeiras. As verdadeiras necessidades das instituições e das populações são o que menos importa.
Peço a esta rapaziada mais nova que GRITE, que não se deixe comprar, que não vergue a cerviz aos poderes instalados.
Um dia, um ano, numa qualquer geração, os melhores serão valorizados. Ou então, perfilem-se e corram a inscrever-se nos partidos do círculo do poder...
À semelhança do slogan do concurso televisivo...você decide.
Beijos e abraços.
Àh…já me esquecia e era imperdoável.
VIVA A LIBERDADE!
Como perguntou o Zeca Afonso no Coliseu...Onde para a juventude? Estão a curtir "Uma de Qual?"...
Eu quase me atrevo a perguntar: - E há juventude? Parece que já nascem velhos e submissos a interesses obscuros.
Como é evidente, alguns dos novos são exemplos que contrariam tudo o que acabei de escrever e eu conheço alguns.
É lamentável que as Instituições pareçam, ou sejam, as sedes dos partidos que as governam.

HM

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