Apesar de ser um aumento menos simpático, comparado com outras localidades. O Instituto Nacional de Estatística revelou que, entre o primeiro quadrimestre do ano passado e o de 2024, a cidade apresentou o número positivo de 6%.
Os empresários vêem com bons olhos o interesse crescente dos visitantes pelo alojamento local e nada aponta que a região, assim como o Interior, voltem a sair, tão rápido, de moda.
Luísa Pires, proprietária da Casa de L Cura, em Miranda do Douro, garante que o conceito de turismo local associado às camas de ferro, está ultrapassado e que cada vez mais são sinonimo de qualidade e conforto. “Antes havia aquele conceito do turismo rural com a cama de ferro, as casas muito rústicas mas, hoje em dia, o turismo rural e as casas têm muita qualidade”, frisou.
Maria João Agostinho também é proprietária de um alojamento local, em Formil, no concelho de Bragança, e afirma que o que o cliente procura uma recepção mais calorosa e familiar. “O que o nosso cliente quer é uma coisa mais familiar, com mais privacidade, com um conceito diferente, que é ser recebido pelos anfitriões como uma pessoa de família”, referiu.
Outro dos motivos que leva as pessoas a optarem por este tipo de alojamentos localizados no interior do país é a calma que oferecem. Quem o diz é João Rodrigues, proprietário da Casa do Médico, na aldeia de Carção, no concelho de Vimioso. “Às vezes pergunto às pessoas que vêm do Porto ou de Lisboa, ‘como é que vieram parar aqui?’ e dizem-me que viram a casa na internet que gostaram e contam que estão fartos da cidade e daquele stress e que querem sossego”, contou.
João Rodrigues disse que é no verão que acolhe o maior número de pessoas, das mais diversas nacionalidades. Incluindo portugueses que vêm conhecer a região.
Apesar de haver cada vez mais pessoas interessadas em conhecer Trás-os-Montes, os proprietários dos alojamentos mostram-se um pouco desapontados. A grande maioria diz que gostaria que os visitantes ficassem mais tempo na região e culpam a falta de divulgação do turismo no interior. É o reparo que faz Maria João Agostinho. “O que nós notamos é que a média de estádia é curta. O que faz falta é divulgação porque quando as pessoas vêm adoram, acham lindo”, disse.
Há, no distrito de Bragança, cada vez mais alojamentos locais, de forma a dar resposta a este crescimento. Um aumento que é bem aceite pelos empresários que, apesar de tudo, reclamam mais divulgação do turismo praticado no interior.
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