Trás-os-Montes é o maior produtor de castanha do país, sendo responsável por 80% da produção nacional. É por isso importante divulgar o fruto e alertar os governantes dos problemas que atingem a produção. Foi o que salientou o presidente da União de Freguesias, Sé, Santa Maria e Meixedo, Telmo Afonso, durante a segunda edição da Festa da Castanha que decorreu no Santuária de Santa Rita e São Joaquim em Meixedo, este fim de semana.
Telmo Afonso alerta que se nada for feito pelas entidades competentes a cultura da castanha na região tende a desaparecer.
“Nós há 20 anos atrás tínhamos menos de 20 mil hectares de plantação de castanheiros no nosso país e o nosso país produzia mais castanhas do que produz agora em 2024. Portanto, alguma coisa está mal e aquilo que está mal é as pragas. Porque as pessoas tratam bem dos soutos e dos castanheiros. Portanto nós queremos realçar e fazer chegar às entidades competentes que esta franja do setor primário tem que ter mais atenção, tem que ter mais apoio por quem de direito. O ministério da agricultura tem de estar mais atento aos nossos soutos, porque se nada for feito, provavelmente nos próximos 15, 20 anos nós vamos ficar reduzidos residualmente com muitos poucos castanheiros”, disse o presidente e também produtor de castanhas.
Quem também esteve presente na festa foi o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Paulo Xavier, tendo destacado a importância destas festas para valorizar o fruto e os produtores
O certame contou, este ano, com 18 expositores e diversas actividades, nomeadamente uma palestra sobre como valorizar a castanha na gastronomia, um passeio em BTT, a montaria ao Javali e um concurso de castanhas. Apesar de recente, o certame tem como objectivo promover a castanha e sensibilizar para os problemas que os produtores têm vindo a afrontar.
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