Segundo o mais recente relatório da Polícia de Segurança Pública, no ano lectivo anterior foram registadas quase 3 mil ocorrências nas escolas, 4,5% destas relacionadas com bullying (134 das ocorrências totais) e 1% situações de cyberbullying.
De acordo com a psicóloga escolar Catarina Maria, muitas crianças não têm noção que determinados actos são bullying, embora os casos tenham vindo a diminuir. “Muitos dos jovens quando lhes é questionado como é que qualificam o chamam nomes, consideram que é algo normal, que é na brincadeira. Embora quando se fazem as acções de sensibilização em turma eles sabem que pode magoar e deixar marcas graves, mas no corredor e no intervalo, não consideram bullying. Aquelas situações de agressão física hoje em dia já é muito pontual”, referiu.
Neste momento, a maior preocupação prende-se como cyberbullying, ou seja, agressões na internet. “Neste momento é das nossas grandes preocupações, não só escola, mas também PSP e GNR. Passa por esta sensibilização não só de alunos, mas encarregados de educação, porque uma vez na internet, para sempre na internet, fotografias, vídeos, comentários”, apontou.
Segundo a psicóloga, sofrer este tipo de violência física ou psicológica pode ter um impacto na saúde mental da vítima. “O que pode acontecer é deixar marcas realmente muito profundos, quer ao nível de auto-estima, autoconfiança, situações de ansiedade que nos levam para a vida toda”, disse.
O bullying é a intimidação sistemática, através de agressão física ou verbal, ameaças ou coacção dentro do contexto escolar. O cyberbullying difere-se porque acontece online.
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