Consiste numa equipa de médicos, enfermeiros e secretários clínicos que prestam cuidados num centro de saúde.
O presidente da câmara esteve reunido com a Unidade Local de Saúde do Nordeste para solicitar o serviço. O pedido vem no seguimento dos vários constrangimentos na urgência de Foz Côa, à qual pertencem.
O objectivo é aumentar a capacidade de resposta, explicou o autarca José Meneses. “Estas unidades albergam um conjunto de médicos, enfermeiros e administrativas que têm uma resposta mais imediata, que dentro do horário do centro de saúde, estando a resposta devidamente assegurada e isso deixar-nos-ia descansados e, por isso, é que achamos que é o caminho a percorrer”, defendeu.
Para melhorar os cuidados de saúde à população, o município vai ainda celebrar um protocolo com a ULS do Nordeste e a Misericórdia de Torre de Moncorvo, para criação de uma unidade móvel, a operar a partir de Janeiro. “Queremos ir a todas as freguesias e prestar algumas valências, que até para além de servimos a população com um enfermeiro, fisioterapeuta, psicóloga, dietista, psicomotora, vai também libertar que esses utentes venham ao centro de saúde”, explicou.
A câmara quer ainda alargar semanalmente o serviço de radiologia no centro de saúde. Para já funciona apenas duas vezes por semana, mas devido à grande adesão, José Meneses solicitou à ULS do Nordeste que fosse disponibilizado mais um dia. “O radiologista atende 25 pessoas terça e 25 pessoas quinta-feira. Estamos a falar de 50 pessoas por semana. A SUB de Foz Côa não faz num mês estas pessoas. Para verificarem que em Moncorvo é importante não só dois dias, mas aumentarmos para três ou quatro”, apontou.
Torre de Moncorvo tem apenas um centro de saúde, aberto todos os dias, até às 22h. Devido à criação das Comunidades Intermunicipais, o concelho integrou a CIM Douro, ficando de fora da ULS do Nordeste, mas também da de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real. Ficou alocada ao Serviço Urgência Básica de Foz Côa, no distrito da Guarda. Para o autarca esta situação não faz sentido. “Vamos para Foz Côa para depois irmos para Mirandela ou Macedo de Cavaleiros. Acho que há aqui um período de tempo que era escusado sujeitarmos os nossos munícipes a esta situação. Teremos de lutar para conseguirmos mudar isso. Para ser mudado terá de ser a tutela do Ministério da Saúde”, disse.
O município de Torre de Moncorvo já pediu uma reunião como ministério da Saúde para resolver o problema.
Contactada a Unidade Local de Saúde do Nordeste, adiantou que já há duas Unidades de Saúde Familiar no distrito, uma em Mirandela e outra em Vinhais. No entanto, referiu que o alargamento destas unidades na região requer “candidatura voluntária das próprias equipas assistenciais nesse sentido”, uma vez que a criação destas unidades é feita através de voluntariado dos profissionais.
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