A circular publicada pela União das Misericórdias Portuguesas (UMP) a 10 de Outubro dá conta desta decisão que está a ser contestada pelas associações de reformados.
É o caso da presidente da APRE, Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados, Maria do Rosário Gomes, que afirmou ser uma decisão “desumana”. “Este suplemento é pago só em Outubro e aquilo que está acontecer é que aquilo que devia ser devido à população idosa devia ficar com eles, porque é uma situação pontual e aquilo que estamos a assistir é que vai haver uma cobrança pontual sobre estes valores e isto parece-nos desumano, principalmente porque as misericórdias têm o seu orçamento feito, portanto não estavam a contar com estes valores quando foram estipulados e portanto parece-nos que não havia necessidade de se recorrer a este mecanismo”, apontou.
Já o presidente da União das Misericórdias Portuguesas de Bragança, Adérito Gomes, afirma que o aumento é legítimo, uma vez que se o “valor da pensão sobe, a mensalidade sobe também”. “Quem decide é a misericórdia em si. O que fazemos é não mexer nas pensões durante todo o ano relativamente ao valor contratualizado. Se está contratualizado pelo valor da pensão, a pensão sobe, a mensalidade sobe. Cada misericórdia é livre de fazer o que entender. Se a instituição recebe o idoso pelo valor da pensão e a família não tem despesas relativamente a isso, é lógico que esse valor não pode ser para a família”, vincou.
O Governo aprovou em Agosto, em Conselho de Ministros, o suplemento extraordinário aos pensionistas, que varia entre 100 e 200 euros, a ser pago em Outubro.
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