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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 17 de julho de 2025

A Basílica Menor do Santo Cristo de Outeiro. Um Título que Merece Mais do que ser apenas um Símbolo


 Há alguns anos, a Igreja do Santo Cristo de Outeiro recebeu uma distinção rara e honrosa, foi elevada à dignidade de Basílica Menor. 

Para uma pequena aldeia como Outeiro, este título, concedido pelo Vaticano, foi motivo de orgulho e esperança. Representou o reconhecimento do valor histórico, arquitetónico e espiritual do templo, e, naturalmente, criou grandes expectativas na comunidade.

Na altura, muitos acreditaram que este novo estatuto traria consigo uma nova vida à aldeia, mais visitantes, mais dinamismo, mais valorização do território. Afinal, não é todos os dias que uma pequena localidade do interior é colocada no mapa religioso nacional com tamanha distinção. O título parecia ser uma porta aberta para o futuro.

No entanto, passados estes anos, a realidade contínua desanimadora. As portas da Basílica permanecem frequentemente fechadas aos visitantes, o que, para muitos, é incompreensível e mesmo vergonhoso. Como se pode atrair pessoas, incentivar o turismo religioso ou promover o património local, se não se permite o acesso àquilo que é, justamente, o principal símbolo da aldeia?

A verdade é que a elevação a Basílica Menor, por si só, não basta. É uma base para construir algo maior, mas requer vontade, investimento e visão. É preciso ação concertada entre igreja, autarquia e comunidade. Não basta ostentar o título, é preciso dar-lhe vida.

Outeiro merece mais. Merece ver a sua Basílica transformada num verdadeiro polo de cultura, fé e identidade. Merece ver as suas portas abertas, o seu valor reconhecido e a sua história contada a quem chega. Porque uma Basílica fechada é uma oportunidade perdida, e Outeiro não pode continuar a perder. Já há pouco que perder e depois o que resta... NADA!

Ainda vamos a tempo. Que este título volte a ser motivo de esperança, mas, desta vez, sustentada em ações concretas que dignifiquem o património, valorizem a terra e respeitem as expectativas de quem cá vive.

HM

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