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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 17 de julho de 2025

O silêncio das pedras. O caso do Castelo de Outeiro


 Foram realizadas escavações arqueológicas nas ruínas do Castelo de Outeiro, no concelho de Bragança. Com elas, vieram técnicos e movimento, promessas e expectativas. Investiram-se recursos públicos, dinheiro dos contribuintes, com a justificação de valorizar o património histórico e promover o desenvolvimento turístico da aldeia.

A comunidade acreditou. Sonhou com um futuro em que as ruínas ganhariam nova vida, atrairiam visitantes e trariam benefícios económicos e culturais à região. Mas depois das escavações… silêncio.

O que foi descoberto acabou por ser novamente enterrado. Nenhuma estrutura foi valorizada, nenhuma informação foi divulgada de forma consistente, e, acima de tudo, nunca mais voltaram.

A população sente-se defraudada. O património continua abandonado, a promessa de desenvolvimento turístico esfumou-se e o investimento parece ter sido enterrado com os vestígios históricos.

O conhecimento dos arqueólogos foi, certamente, valorizado e acrescentado.  Está plasmado em relatório. Mas para a população local, o abandono continua. Continuamos a ser apenas cobaias para satisfazer os interesses de gente de longe.

... "Eles comem tudo e não deixam nada"...

O que resta é uma pergunta que ecoa nas pedras do castelo: 

- Para quê escavar se não há vontade de preservar, partilhar e valorizar?

HM

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