A comunidade acreditou. Sonhou com um futuro em que as ruínas ganhariam nova vida, atrairiam visitantes e trariam benefícios económicos e culturais à região. Mas depois das escavações… silêncio.
O que foi descoberto acabou por ser novamente enterrado. Nenhuma estrutura foi valorizada, nenhuma informação foi divulgada de forma consistente, e, acima de tudo, nunca mais voltaram.
A população sente-se defraudada. O património continua abandonado, a promessa de desenvolvimento turístico esfumou-se e o investimento parece ter sido enterrado com os vestígios históricos.
O conhecimento dos arqueólogos foi, certamente, valorizado e acrescentado. Está plasmado em relatório. Mas para a população local, o abandono continua. Continuamos a ser apenas cobaias para satisfazer os interesses de gente de longe.
... "Eles comem tudo e não deixam nada"...
O que resta é uma pergunta que ecoa nas pedras do castelo:
- Para quê escavar se não há vontade de preservar, partilhar e valorizar?



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