COMUNICADO
Em 2012 e 2013 a Associação 25 de Abril (A25A) decidiu não aceitar o convite para assistir à sessão solene comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República.
Nas duas ocasiões, a A25A difundiu as razões que a levaram a essa atitude e que se prenderam com os crescentes desvios às esperanças e aos valores de Abril.
Este ano, porque essas razões se acentuaram, a Associação 25 de Abril voltou a declinar o convite para marcar presença na sessão solene da Assembleia da República comemorativa dos 40 anos da Revolução dos Cravos.
Face à insistência no convite, às declarações públicas e à visita da Presidente da Assembleia da República à sede da A25A, por considerar a presença dos militares de Abril “imprescindível e insubstituível”, a Associação 25 de Abril voltou a admitir alterar a sua posição caso fosse convidada para usar da palavra na referida sessão solene.
Como a vontade do Parlamento não correspondeu à iniciativa da Dra. Assunção Esteves, mantendo-se a recusa em dar voz aos militares de Abril, a Direcção da Associação reitera a sua decisão de não aceitação do convite.
Não pondo em causa a consideração que a A25A nutre pela instituição Assembleia da República, a “casa da Democracia”, a Direcção da Associação 25 de Abril informa que decidiu levar a efeito uma evocação a Salgueiro Maia, nela personificando a homenagem a todos os militares de Abril, no Largo do Carmo, no dia 25 de Abril às 11.00, evento para o qual desafia toda a população.
Mais informa que, nessa circunstância, o Presidente da Direcção da A25A proferirá uma intervenção de fundo na linha da que seria feita na sessão solene na Assembleia da República.
Após esse tributo, será organizada uma romagem ao edifício onde funcionava a PIDE/DGS, na Rua António Maria Cardoso, para evocação da memória dos cidadãos ali assassinados no fim da tarde de 25 de Abril.
Lisboa, 17 de Abril de 2014
A Direcção
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(Henrique Martins)
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