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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Aldeia de Sendas - Caracterização

Nos limites meridionais concelhios, a confrontar com o município vizinho de Macedo de Cavaleiros, fica esta freguesia de Sendas. Cerca de uma trintena de quilómetros a separam da capital concelhia, que lhe fica a nordeste, com ligação através das E.N. 15 (ou IP 4) e 15-5, havendo ainda que vencer um ramal camarário específico. Também a já desactivada Linha do Tua por aqui cruzada outrora suas pitorescas locomotivas e composições, agora objecto de pequena mostra museológica na cidade de Bragança...
Implantado em zona planáltica de elevada altitude média (cerca de 700 metros), este território paroquial, de mediana extensão, é banhado a leste por um pequeno sub-afluente do Sabor. A curta distância para o nordeste da povoação de Sendas eleva-se um cabeço à altitude de 817 metros, a cota máxima atingida neste território paroquial, de topografia algo acidentada. Integrando três povoados – Sendas, Vila Franca e Fermentãos – a freguesia aglutinará cerca de 240 residentes, segundo os últimos censos (2001).
Embora, tanto quanto saibamos, esta freguesia não tenha revelado vestígios arqueológicos pré ou proto-históricos de vulto, é de ter em conta a vizinhança com a congénere Quintela de Lampaças, onde a presença do domínio romano foi já comprovada por importante achado epigráfico. O topónimo Sendas parece sugerir uma origem etimológica bastante explícita, a partir da existência de importante eixo viário. De facto, na povoação de Vila Franca se documenta um antigo entreposto onde as diligências procediam à habitual pausa e respectiva muda de cavalos.
Também ali se ergue o singelo Pelourinho da Vila Franca de Lampaças edificado no séc. XIII, de tipo rústico como é extensivo à generalidade dos pelourinhos bragançanos. Com seu fuste liso rematado por grosseiro e sumário “capitél” de formato mais ou menos cónico, acha-se, desde 1933, classificado “I.I.P.”.
Ainda na mesma povoação, cuja designação “ Vila Franca” nos recorda também suas medievas prerrogativas uma vez que lhe foi atribuído foral por D. Dinis aos 9 de Dezembro de 1286 (confirmadas pelo dito pelourinho), enquanto o determinativo “de Lampaças” memora a sua integração remota, em época pré-nacional, na “terra” assim designada) fica a interessante Capela de S. Caetano, bom exemplar arquitectónico setecentista.
Quanto à Igreja de Vila Franca, é esta de singela traça e modestas proporções, ostentando na frontaria um portal de esquadria liso e uma bem escalonada e integrada sineira dupla a rematar a empena. A sua fábrica corresponderá também, muito plausivelmente, á época setecentista.
A Igreja Matriz, em Sendas, é extraordinariamente semelhante, mostrando-se porém ligeiramente mais acanhada. Em Fermentãos existe um outro templo.
A chamada Casa Episcopal (de interessante traça solarenga), um pequeno aqueduto, diversas fontes encapeladas, moinhos de água e uma pequena ponte de cantaria, são outros tantos valores patrimoniais a fazer desta freguesia de Sendas um assinalável ponto de paragem e visita.
Tradições
As festas e as romarias, celebradas em qualquer região, reflectem a parte religiosa, sendo vividas com muita fé, alegria e divertimento.
Antigamente, praticavam-se variados jogos, como forma de preenchimento dos tempos livres e proporcionando o convívio, sobretudo dos mais novos.
O jogo do Fito, da Relha, do Calhau, do Ferro, do Pingue, da Bilharda ou da Roça são exemplos dos jogos praticados nesta freguesia, que animavam os participantes e os espectadores. Actualmente, apesar de terem pouca adesão, alguns habitantes ainda se divertem com alguns destes jogos tradicionais.

in:cm-braganca.pt

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