O protesto que aconteceu junto ao recinto da Feira de São Pedro não mobilizou os cidadãos perante uma medida que será mais um atentado às aspirações económicas e sociais de Trás-os-Montes.
Durante cerca de uma hora os automobilistas que passavam o foram respondendo ao incentivo de algumas buzinas de elementos da Comissão de Utentes da A4, que iam entregando panfletos com as razões do protesto.
Foram poucos os que se juntaram à jornada de protesto, mas os que estavam fizeram-se ouvir e mostraram-se manifestamente contra a introdução na A4.
Uma injustiça, uma falta de respeito e mais uma machadada na região, diz António Rocha.
Refira-se que neste momento, na A4 só se cobram portagens em três locais: um, nos acessos a Vila Real, e dois, nos acessos a Bragança.
Dos cerca de 140 quilómetros da Transmontana, cerca de 130 são ainda sem portagens.
Os transmontanos vêem-se agora sem alternativas e dizem que esta medida do governo vem agravar ainda mais a interiorização e o despovoamento da região.
Apesar da fraca adesão, Pedro Moz, da Comissão de Utentes da A4, disse que o objetivo de lançar a petição foi cumprido e não tem dúvidas de que todos os utentes são contra o pagamento da transmontana.
Refira-se que nenhum autarca transmontano se juntou a esta jornada contestativa.
Relevando este facto para segundo plano, Pedro Moz diz que o importante, é que a petição atinja as quatro mil assinaturas necessárias, o mais breve possível, para levar o assunto a discussão, na Assembleia da República.
E novos protestos contra as portagens estão previstos.
A via ficou pronta há pouco mais de um ano, foi construída em regime de Parceria Público Privada e até então, o distrito de Bragança era o único do país sem um quilómetro de auto-estrada.
Inicialmente, o contrato de concessão não previa portagens, por falta de alternativas, visto que a auto-estrada transmontana foi construída sobre o troço do antigo IP4.
Informação ONDA LIVRE
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