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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Discurso de Morais Pinto aquando da Guerra Civil da Patuleia (1847)-Governador Civil do Distrito de Bragança 8.Outubro.1846 – 5.Julho.1847 (Possacos, 4.6.1810 – Porto, 6.1.1888)

Habitantes do distrito de Bragança!

Algumas centenas de portugueses, infelizmente iludidos e rebeldes contra o trono de nossa adorada rainha e senhora D. Maria II, invadiram há pouco vossas habitações para estenderem a guerra civil e a anarquia a um país jamais manchado com a nódoa de infidelidade a seus augustos soberanos; e para vos constrangerem a concorrer com as produções de vossas fadigas, e com vossos dinheiros, à causa iníqua em que seguem obstinados.

Hoje, porém, sois livres.
Com as tropas leais do digno comando do Exmo. e benemérito Barão de Vinhais, comandante interino da 5.ª divisão militar, eis-me outra vez entre vós, para libertar-vos do flagelo que vos oprimia, e para vos restituir a paz, o império da lei, e a segurança que víeis tão comprometida, de vossas pessoas e de vossas coisas.

Habitantes do distrito de Bragança, exultai! A guerra civil vai tocar seu termo com o triunfo completo da causa da legalidade e da ordem, e das instituições liberais consignadas na Carta Constitucional da monarquia.

As forças navais de suas majestades britânica e católica fizeram já prisioneira a maior parte da tropa dos sublevados; e um respeitável corpo de exército espanhol entra hoje por esta fronteira para coadjuvar as tropas leais até à inteira submissão dos rebeldes às ordens da nossa augusta soberana.

Habitantes do distrito de Bragança! Continuai a permanecer tranquilos; abraçai como amigos e aliados os súbditos da nação espanhola, que tão generosamente nos vêm auxiliar e esmagar a ira revolucionária, e não desmintais os nobres sentimentos e o carácter transmontano.

Bragança, 11 de Junho de 1847.

O governador civil – Francisco Xavier de Morais Pinto.

(Impresso em folha avulsa, sem indicar lugar de impressão nem tipografia, mas provavelmente em Bragança, pertencente a Júlio Lemos, empregado da Câmara Municipal daquela cidade, e transcrito por Francisco Manuel Alves nas suas Memórias arqueológico-históricas do distrito de Bragança, t. VII, Porto, 1931, p. 8)

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