A Câmara Municipal de Bragança contesta a proposta de encerramento de seis escolas que lhe foi feita pelo Ministério da Educação. Em declarações ao PÚBLICO, o presidente da autarquia, Hernâni Dias, revelou que a proposta apresentada passava pelo encerramento das escolas do ensino básico de Parada, Cantarias e Formarigos, estas duas na cidade de Bragança. A estes dois estabelecimentos juntam-se os jardins-de-infância de Parada, Salsas e Gimonde, todos no meio rural.
"Contestámos o encerramento de todas as escolas mas ainda não recebemos resposta", revelou Hernâni Dias no dia em que o Ministério da Educação e Ciência anunciou que vai fechar 311 escolas do 1.º ciclo do ensino básico e integrá-las “em centros escolares ou outros estabelecimentos de ensino com melhores condições”.
O ministério não revelou, para já, uma lista das escolas. Mas o processo de negociação tem sido marcado pela contestação de alguns autarcas.
De acordo com o presidente do município de Bragança, "a escola dos Formarigos cumpre uma função social importante, pois essa é uma zona onde habitam várias crianças de etnia cigana que, se não frequentarem esta escola, sabemos que será difícil que frequentem outra", explicou.
Por outro lado, em Parada "havia 16 alunos mas houve mais algumas inscrições, pelo que deverá estar assegurado o número mínimo" exigido para a manutenção da escola.
Apesar de não cumprirem o número mínimo de alunos requerido pelo Ministério da Educação, a autarquia contestou, também, o encerramento dos restantes estabelecimentos de ensino.
A escola básica das Cantarias situa-se numa das extremidades da cidade de Bragança enquanto os jardins-de-infância de Salsas e Gimonde ficam no meio rural e a cerca de uma dúzia de quilómetros da sede de concelho, exigindo a deslocação de alunos muito jovens (menos de seis anos).
in:publico.pt
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