O presidente do Município de Bragança garante que a autarquia vai ter uma palavra a dizer sobre o processo de alienação do edifício das infraestruturas de Portugal, antiga Junta Autónoma de estradas, situado nas proximidades da Câmara Municipal.
Hernâni Dias admite inviabilizar o uso para outros fins que não serviços. No site da empresa Infraestruturas de Portugal refere-se que a localização central do imóvel é excelente para hotelaria, comércio, bem como serviços.
Mas o autarca adiantou que vai utilizar o mecanismo que inviabiliza a utilização do edifício. “A Câmara Municipal terá uma palavra importante a dizer neste processo.
O facto de nos podermos pronunciar e inviabilizar qualquer alteração de uso, fazendo com que o espaço apenas continue a ser utilizado para instalação de serviços”, salienta. Hernâni Dias adianta que não poderá impedir o processo de venda, e não exclui a hipótese de a autarquia vir a ser um dos compradores do edifício.
Declarações do autarca ontem à margem da Assembleia Municipal, reunião onde foi apresentada uma moção para sugerir que o edifício não seja utilizado para comércio ou hotelaria.
A proposta partiu de Júlio Carvalho, deputado Municipal do PSD, por considerar que estando aquele edifício junto à câmara municipal “não é razoável que tenha uma utilização que não se sabe qual é, se for adquirido por um privado”, com o intuito de limitar a venda do edifício. Considera que “a câmara já tomou uma posição e isso vai desmotivar qualquer comprador”.
A Infraestruturas de Portugal, empresa que resultou da fusão entre A Estradas de Portugal e a REFER está a avaliar a alienação do edifício-sede em Bragança. A decisão sobre a venda deverá ser conhecida até ao final do ano.
Escrito por Brigantia
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