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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Parecer do ministério do Ambiente é passo para retomar exploração mineira em Moncorvo

O presidente da câmara de Torre de Moncorvo (PSD) disse hoje que a decisão do ministério do Ambiente em dar parecer "favorável condicionado" à proposta de Estudo Impacte Ambiental é o princípio para retomar a exploração mineira no concelho.

Em declarações à agência Lusa, o autarca social-democrata, Nuno Gonçalves, disse que sem haver este despacho do ministério do Ambiente, a concordar com concessão para a exploração de ferro em Torre de Moncorvo, não se poderia ir " mais além " em todo o processo de exploração mineira.

"Esta é uma fase determinante para exploração de minério de ferro. A partir deste momento, passámos para o patamar da execução do projeto, e apenas estamos dependentes da vontade do promotor [ MIT-Ferro de Moncorvo, S.A.], e essa vontade tem sido 'férrea'", acrescentou.

Este projeto conseguiu demonstrar ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas de que " a exploração de minério de ferro em Tore de Moncorvo é compatível com as boas práticas ambientais".

Tudo isto porque há cerca de um ano o autarca de Torre de Moncorvo entrou em rota de colisão com o ICNF devido a uma colónia de morcegos que habitava na região da exploração.

O autarca acusou o ICNF de dar "mais importância aos morcegos do que propriamente aos postos de trabalho que possam vir a ser criados com o projeto mineiro de Torre de Moncorvo".

Já que a questão em causa era se apurar se os morcegos que habitam o local "hibernam ou invernam".

Para Nuno Gonçalves, "o que estava em causa é uma questão de semântica, que pelos vistos faz toda a diferença num projeto que pode aumentar em 0,2 por cento o PIB (Produto Interno Bruto) nacional e em 0,26 por cento as exportações e que se mantém no impasse".

O ministério do Ambiente indicou na sexta-feira que a proposta de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para a exploração mineira em Torre de Moncorvo obteve um parecer "Favorável Condicionado".

A mesma fonte avançou que o promotor tem dez dias úteis para apresentar eventuais alegações ao teor da decisão. Este período poderá ser prorrogado a pedido do interessado [MTI-Ferro de Moncorvo, S.A.].

A decisão foi tomada na passada segunda-feira, e dada hoje a conhecer.

"Finda a audiência de interessados, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) dispõe de um prazo máximo de 20 dias úteis para análise das alegações apresentadas pelo proponente e emissão da versão final da DIA [Declaração de Impacto Ambiental] ", avançou fonte do ministério liderado por Jorge Moreira da Silva, em documento enviado à agência Lusa.

O processo de avaliação de impacto "em apreço" reporta-se à reativação das Minas de Ferro de Moncorvo, no distrito de Bragança, uma exploração a céu aberto de quatro depósitos minerais de ferro (depósitos do Eluvial da Mua, da Carvalhosa, de Pedrada e de Reboredo-Apriscos), para produção de concentrados de ferro e de inertes densos.

O projeto foi submetido a procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental "em fase de estudo prévio".

"Atendendo ao parecer técnico emitido pela referida Comissão de Avaliação, a APA preparou uma proposta de Declaração de Impacte Ambiental (DIA) que remeteu ao proponente para efeitos de audiência de interessados", refere o comunicado.

As minas de Torre de Moncorvo foram a maior empregadora da região, na década de 1950, chegando a recrutar 1.500 mineiros.

A exploração de minério foi suspensa em 1983, com a falência da Ferrominas, e o ferro esquecido até que a MTI - Minas de Ferro de Torre de Moncorvo, uma empresa de capitais nacionais e estrangeiros, ganhou, em 2008, os direitos de prospeção e pesquisa e, em 2011, foi-lhe atribuída pelo Governo a concessão de exploração durante 60 anos, até 2070.

FYP//
Lusa/ Fim

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