Dez milhões de euros é o valor que foi destinado à região norte para as zonas de intervenção florestal, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural 2020.
Este projecto baseia-se em criar apoios à valorização dos recursos florestais, à proteção e reabilitação de povoamentos florestais e à preservação e melhoria dos ecossistemas ligados à agricultura e silvicultura. O anúncio foi feito pelo Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, em Mogadouro:
“Estamos a abrir anúncios regionalizados a matéria do PDR 2020. Ao regionalizar as medidas, o que fizemos foi adaptar aquilo que são os critérios das medidas a cada uma das regiões. Para o Norte, abrimos dez milhões de euros, na medida que serve para fazer a regeneração natural, a limpeza da floresta. Introduzimos um critério, o da luta contra a desertificação, que coloca o Norte Interior em melhores condições que o Norte Litoral para ter acesso a esses fundos.”
Miguel Freitas avançou ainda que está a ser finalizada a análise de todos os projectos apresentados para a criação de zonas de intervenção florestal e que, a partir deste ano, um milhão e setecentos mil hectares de floresta vão ser geridos de forma colectiva:
“Vamos ter metade daquilo que é a área de povoamentos em Portugal. Nós pretendemos fazer evoluir este modelo muito rapidamente. 1 milhão e 700 mil hectares, que são geridos nesta altura em regime de condomínio, devem evoluir para que estas zonas de intervenção florestal, se possam constituir como entidades de gestão florestal.”
Já o presidente da Federação Nacional das Entidades Gestoras de Zonas de Intervenção Florestal, Armando Pacheco, pediu à tutela algumas alterações nos processos de apoio e criação de zonas de intervenção florestal para se chegar à gestão do território sem catástrofes:
“No distrito de Bragança, podemos dizer que vamos apresentar agora candidaturas de 3 mil e 500 hectares para limpeza em dez zonas de intervenção florestal, onde 115 proprietários nos vão entregar a gestão das suas parcelas, na parte da limpeza dos seus terrenos.”
O futuro da floresta esteve em discussão quinta-feira, em Mogadouro, onde foi ainda debatido o futuro dos sobreiros em Trás-os-Montes e a importância destas ZIF (zonas de intervenção florestal).
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)
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