Uma tradição celta, organizada pelos habitantes da aldeia através das Associação Raízes da qual fazem parte, e que reúne milhares de pessoas. A festividade simboliza a passagem do verão para inverno.
“Supera as expectativas, para além disso nós na cidade não temos estes costumes”, referiu Paulo Moreira, de Gondomar.
Ao longo da noite são realizados vários rituais. É feita a despedida do sol e dada as boas vindas à lua, é servida uma poção mágica e o ponto alto da noite acontece quando é queimado o canhoto e expulso o diabo.
“Queimamos aqui todos os males e todos os azares para entrarmos, neste tempo, com toda a sorte do mundo. Por isso, é que queimamos o canhoto, que é o demónio, e comemos-lhe a cabra e, há meia-noite, acontece o ponto alto, que é a chegada do Diabo que vai lutar com o Druida. Todos os anos o Druida tem sido o mais forte e ganha sempre” explicou Luís Castanheira, residente na aldeia e presidente da assembleia da Associação Raízes.
Durante a noite a cabra vai sendo cozinhada no pote para depois ser dada a provar aos visitantes. Francisco Pinto tem 77 anos e já faz esta iguaria há mais de 30 anos. Conta que o faz com gosto e que elogios não lhe faltam.
“Esta festa é um espectáculo. Já houve pessoas que chegaram ao pé de mim e disseram “tome lá 5 euros, porque eu nunca comi uma coisa tão boa” e eu dou esse dinheiro para a Associação Raízes”, disse.
“Quem da cabra comer e do canhoto se aquecer, um ano de sorte vai ter”, este é o lema da tradição celta que aconteceu este sábado, em Cidões.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais
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