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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

O chocalheiro, a barragem e os casamentos de Bemposta

A barragem de Bemposta foi inaugurada há 55 anos e por ser num lugar inóspito foram construídas habitações para os barragistas.



Era este o nome dado às pessoas de outras terras que ajudaram a construir um monstro com 87 metros de altura e com força suficiente para estancar as águas do Douro.
Vista da barragem e do Douro
Aqui o rio ganha alguma liberdade porque não fica tão apertado entre as arribas. No miradouro do Cardal temos uma vista excelente da barragem e da albufeira.

O Cardal do Douro tem dezenas de casas em pequenos núcleos na encosta da serra e foram construídas para os técnicos que ergueram a barragem. Eram maioritariamente casas de engenheiros e estão quase todas ocupadas. Uns residem em permanência outros compraram as casas e vivem nas cidades.
Cardal do Douro
As habitações estão na encosta da serra e a maioria tem vista para a barragem e o rio Douro.
O Cardal do Douro no alto da serra
As antigas casas dos trabalhadores eram de madeira, estavam dispersas e foram demolidas diz-me Vitor Gomes que mora na Bemposta, a cerca de 4km e é outro lugar para visitar.
Seguimos o roteiro que ele nos traçou: “Na Bemposta, além da barragem, temos a cascata da Faia da Água Alta, temos o chocalheiro, o pelourinho e o miradouro.
Pelourinho com o escudo invertido
O pelourinho tem o escudo invertido, dizem que foi uma revolta popular quando retiraram o foral à vila. O Chocalheiro da Bemposta é nos dias 26 de Dezembro e 1 de Janeiro que sai à rua, no âmbito das Festas Inverno. Por último, o miradouro que está ao lado da capela de Santa Bárbara. Tem vista muito bonita para o rio Douro e as arribas.”
Chocalheiro
O Chocalheiro de Bemposta e a Faia da Água Alta ficam para outras histórias mais detalhadas, tanto mais, que Vitor Gomes é um dos responsáveis da associação Maschocalheiro que procura divulgar as tradições da Bemposta. Uma delas estava perdida e há dois anos que a estão a recuperar.
Igreja de Bemposta
São os casamentos. Feitos à noite. Duas pessoas colocavam-se em lugares diferentes da aldeia com um funil e conversavam em voz alta sobre os segredos casamenteiros das viúvas e dos solteiros que não assumiam o namoro. Era uma brincadeira e no dia seguinte tema de conversa. Esta tradição está a ser reposta no carnaval e os mexericos são contados em vários pontos das aldeia.
Vista do miradouro da Bemposta
Bemposta pertence ao concelho de Mogadouro. A aldeia tem cerca de 400 habitantes. As ruas são largas, muitas casas ainda mantêm a traça antiga de pedra e o pelourinho, classificado como Imóvel de Interesse Público, recorda que teve Câmara e foi sede de concelho até à reforma do século XIX.

Uma visita a esta zona de Trás os Montes também tem de passar por um salto a Espanha. Fazemos uma paragem no Cardal do Douro para contemplar a albufeira.
O Douro depois de passar as comportas
Há outro miradouro junto às comportas e uma estrada estreita leva-nos para o outro lado da fronteira.

No lado espanhol há uma subida muito inclinada e temos uma das vistas mais deslumbrantes do rio Douro e das montanhas que o obrigam a escrever uma linha muito sinuosa de fronteira entre Portugal e Espanha.

Ver ainda a página pessoal  sobre Bemposta onde pode descobrir o Hino da Bemposta.


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