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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Está a nascer um novo mosteiro em Bragança. E vai receber 40 monjas de clausura italianas

Ainda se constroem mosteiros em solo português e o mais recente está a ser edificado em Miranda do Douro, no distrito de Bragança. O futuro Mosteiro Trapista de Santa Maria, Mãe da Igreja será a casa de 40 monjas italianas da Ordem Trapista, sendo que dez destas chegarão já em outubro a Portugal.
Grupo de monjas que ocupará o novo mosteiro de Bragança.© DR
Cá dentro, Palaçoulo soa a distante, ali plantada no extremo norte fronteiriço a Espanha, com pouco mais de 500 habitantes. Mas esta freguesia de Miranda do Douro chega a todo o mundo, através da comercialização de produtos artesanais como instrumentos de corte e pipas, que voam até locais tão longínquos como a Nova Zelândia. Agora, o mundo vem ter a Palaçoulo, na pele de 40 monjas italianas que irão inaugurar o mais recente mosteiro português: o Mosteiro Trapista de Santa Maria, Mãe da Igreja.

"Esta diocese começou com um mosteiro Beneditino, em Castro de Avelãs, e 475 anos depois volta a ter um mosteiro segundo a regra de São Bento e que há de suscitar um maior bem para Palaçoulo, para esta diocese, para Portugal, para toda a Igreja", lembrava o bispo da diocese de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, no início deste ano, perante os jornalistas. Desde a construção do Mosteiro de São Bento de Singeverga, em Santo Tirso, há 128 anos, que não se construía um mosteiro em Portugal.
Em 2017, a madre Rosária Spreafico e a madre Fabiola Bernardi estiveram em Miranda do Douro para uma conferência de imprensa com D. José Cordeiro alusiva à construção do mosteiro.© Rui Manuel Ferreira/Global Imagens
A obra de 30 hectares, iniciada em 2018, no valor de seis milhões de euros, que se ergue em Bragança, é uma sequência do Mosteiro de Vitorchiano, em Itália, de onde partem as monjas da Ordem Cisterciense da Estrita Observância (OCSO) - também conhecida como Ordem Trapista - que irão agora dedicar-se à sua missão em terras portuguesas. O terreno foi doado pela Paróquia de São Miguel de Palaçoulo.

O mosteiro estará orientado "para a contemplação" das monjas que se dedicam "ao culto divino segundo a regra de São Bento dentro do recinto do mosteiro", como explicou a diocese ao DN. Exatamente por se tratar de uma "ordem contemplativa de clausura", a obra está alicerçada à "regra da ordem cisterciense de estrita observância" e deverá obedecer a "disposições arquitetónicas e funcionais peculiares". Por isso, contemplará espaços para oração - uma igreja "com lugar para o coro das monjas e para a assistência de leigos exteriores à comunidade" e um claustro para "momentos de oração maioritariamente privada".


Um mosteiro autossuficiente
O primeiro grupo de dez monjas deverá chegar até outubro, quando se prevê que a obra esteja concluída, mas espera-se um total de 40 a viver no novo mosteiro. De acordo com a diocese, todas elas já dominam a língua portuguesa e também a mirandesa. Falada e escrita: este grupo até já editou três pequenos livros infantis em português, com orações para as crianças lerem.

Veja aqui o vídeo das monjas a anunciar a sua vinda para Portugal:


De acordo com os princípios desta Ordem, o mosteiro deverá ser autossuficiente e o trabalho garantido pelas próprias monjas. "Tradicionalmente a ocupação das monjas cistercienses é o trabalho agrícola, de afeiçoamento da natureza. Deste modo o mosteiro é, salvo as especificações relativas aos espaços de oração, semelhante a um importante complexo agrícola", explica a diocese. Contará, por isso, com áreas dedicadas ao cultivo e à pecuária.


Espera-se ainda que as monjas se dediquem à "transformação de alguma da sua produção agrícola - nomeadamente em compotas - ou terem algum outro tipo de atividade artesanal (tecelagem, fabrico de chocolate, etc.)".
Catarina Reis

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