“Disseram-me que era tão importante que não pode ser cancelado. E se a câmara não pode pagar na totalidade, infelizmente a nossa região não tem tantos empresários que possam apoiar, eu como artista senti-me na obrigação de dar alguma coisa a este aeroclube”, disse.
Nuno Fernandes, presidente do Aero Clube de Bragança, acredita que, se a obra se conseguir vender e se se angariarem os 35 mil euros que são necessários, o evento pode realizar-se mas “é pouco provável”.
“O município quer-nos ajudar com 13,5 mil euros, nós achamos que é muito pouco e queríamos apenas que nos pagasse metade do festival, porque quem ganha com este festival no fundo é também no município, porque o dinheiro fica cá todo”, afirmou.
Quanto à questão, Paulo Xavier, vice-presidente da câmara de Bragança, não deu garantias e frisou que o município ajuda com o valor que pode.
“O município apoia 365 dias o aeroclube com o bar, com a facilitação do combustível. Tudo isto são apoios. E não é por acaso que o aeroclube consegue ter capacidade financeira para comprar uma aeronave passado um ano. É exactamente porque tem um grande apoio”, acrescentou Paulo Xavier.
Quanto à nova aeronave, nela figuram “Maria”, que retrata a mulher transmontana, e um “anjo”, pertence à serie “Sines”, dois elementos figurativos que sobressaem nas obras de Graça Morais. A pintora mostrou-se lisonjeada por ver que a sua arte pode agora rasgar os céus.
“É uma experiência única e muito compensadora”, salientou a artista.
A nova aereonave do clube foi comprada há cerca de meio ano. Nuno Fernandes explica que a ideia de a personalizar já não é nova e pretendia-se tê-lo feito com o aparelho que sofreu um acidente, há um ano.
A aeronave, em que agora figuram parte de duas obras de Graça Morais, foi apresentada, no sábado, no aeródromo de Bragança.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
Sem comentários:
Enviar um comentário