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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 3 de março de 2020

Graça Morais doa quadro de 20 mil euros para salvar festival aéreo de Bragança

Para a realização do evento que atrai anualmente, em Junho, pilotos e visitantes portugueses e espanhóis são necessários 35 mil euros.
HUGO SANTOS/PÚBLICO
A pintora Graça Morais doou um quadro com valor de mercado de 20 mil euros para ajudar o festival aéreo Careto Air Show, que corre o risco de deixar de se realizar em Bragança, divulgaram esta segunda-feira os responsáveis.

“Disseram-me que era tão importante que não pode ser cancelada e, se a Câmara não pode pagar na totalidade, eu como artista sinto-me na obrigação de também dar alguma coisa a este aeroclube e o que eu posso dar é uma obra que seja bem vendida para essa verba ser aplicada no festival”, anunciou Graça Morais.

A realização do evento que atrai anualmente, em Junho, pilotos e visitantes portugueses e espanhóis é do Aeroclube que sem a ajuda da Câmara de Bragança para pagar metade das despesas, concretamente 35 mil euros, informou que não conseguirá organizar a iniciativa.

A pintora transmontana decidiu doar um quadro da colecção privada que pintou na aldeia de onde é natural e onde tem um ateliê, o Vieiro, em Vila Flor, e que nunca quis vender. Trata-se de “uma pintura sobre papel” de papoilas, plantas silvestres que a artista todos os anos, na primavera, colhe nos campos da região e passa para a tela.

Ainda não sabe ao certo como vai ser o processo de venda do quadro, se por leilão ou rifa ou outro, mas quis escolher um que é “estimulante e apetecível” para que a venda alcance os resultados esperados. “E eu acho que vamos conseguir entre o dinheiro que se vai fazer e mais a Câmara, acho que o festival vai para a frente”, espera Graça Morais.

O Careto Air Show tem tido também uma vertente solidária que já ofereceu uma carrinha à União das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) de Bragança e equipamento para o refeitório da cantina da Obra Kolping, instituição que acolhe crianças em risco.

O Aeroclube tem também proporcionado baptismos de voo aos habitantes da região que de outra forma não conseguiriam ter a experiência de andar de avião.

O vice-presidente da Câmara de Bragança, Paulo Xavier, esclareceu que “o município está disponível para continuar a apoiar este e outros eventos de interesse para Bragança”, ressalvando que “tudo tem um tecto e o município apoia com 13 mil euros, que é aquilo que se pode”.

O autarca lembrou que o município apoia “o aeroclube 365 dias com as infra-estruturas do aeródromo municipal de Bragança”, onde tem a sede e espaço para as actividades.

“Para nós o Careto Air Show é importantíssimo. Tem de haver um esforço do aeroclube para encontrar soluções, ficaria muito triste se o evento fosse para outro município, estou convencido que irão encontrar soluções para que possam fazer em Bragança onde começou”, rematou.

Nuno Fernandes, presidente do Aeroclube de Bragança, diz que há interesse de outros municípios da região em receber o evento e esclarece que só poderá ser feito em Bragança se conseguirem angariar os 35 mil euros de que necessitam, ou seja metade do orçamento.

O dirigente salientou que, com este evento, Bragança “arrecadaria directamente 150 mil euros, indirectamente 300 mil e o mediatismo”.

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