David Pascoal trabalha na área da electrónica numa empresa que produz tecnologia para fins laboratoriais em Lisboa, estando a laborar a partir de casa. Foi desafiado por um antigo professor de Bragança, Serafim Pires, para desenvolver um produto a partir do projecto espanhol “ventfree”, um ventilador que usa uma válvula das máscaras de mergulho para fazer ventilação a doentes que não carecem de entubação nem de estarem sedados. David juntou ainda a tecnologia de um projecto da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
“Criei este protótipo optimizado as duas tecnologias para que possa ser usado em Portugal em ambiente hospitalar. Isto carece sempre da coluna de ar hospitalar, com mistura de Oxigénio, se for o caso, ou então em ambiente não hospitalar, utilizando as unidades que são usadas para ventilação da Apneia do Sono”, explicou.
Este produto não serviria para substituir os ventiladores invasivos, mas poderia ser usado em caso de um pico grave da crise sanitária de Covid 19.
“Estou a desenvolver uma versão onde já tem sensores de alarme e protecções, porque caso a pessoa ventilada tosse, esta tecnologia não vai parar de ventilar. Ele tem que detectar que a pessoa teve um problema e respeitar a condição da pessoa”.
Uma das motivações de David Pascoal para dar um contributo durante a crise sanitária foi o facto de ele próprio pertencer a um grupo de risco:.
O produto está pronto a funcionar mas terá ainda de passar por um processo de testes e homologação, o que é difícil em Portugal e pode ser demorado. David Pascoal concorreu ao Covid-19 Detect and Protect Challenge da Organização das Nações Unidas, que dá apoio para essa fase do processo.
O projecto, sem fins lucrativos, pode ser replicado em massa, caso tenha aval das autoridades competentes em Portugal.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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