Ao longo dos últimos dias, antes da reabertura se poder dar, vários tatuadores protestaram, dizendo-se esquecidos e deixados de parte. Na origem das reclamações estava o facto de os cabeleireiros, esteticistas e barbeiros terem podido abrir na primeira fase de desconfinamento, sendo que, fiscalmente, os tatuadores sempre estiveram incluídos no mesmo CAE que classifica as actividades económicas. Pedro Rodrigues, proprietário de um estúdio de tatuagens, em Bragança, alega que o CAE chegou mesmo a ser alterado, nos últimos tempos e não percebe porquê.
“Ainda hoje não percebo. Foi alterado quando? Agora que aconteceu isto do vírus? E não nos avisam”, questiona.
Os tatuadores alegaram que estar sem trabalhar não fazia sentido, uma vez que, nesta profissão, é prática o uso de máscara, luvas e material descartável. Ainda assim, estes profissionais ficaram para a última fase de desconfinamento e, para Pedro Rodrigues, estar tanto tempo parado foi bastante prejudicial para o negócio.
“Foi deveras difícil e está a ser ainda, porque agora vai ser uma fase de recuperação que é complicada, com o pagamento de salários, para evitar despedir gente da equipa, contas de serviços, como até a recolha de lixo contaminado, temos de ter uma empresa que venha recolher os lixos que não podemos nós transportar e até essas contas nos foram exigidas”, referiu.
O tatuador brigantino garante que as pessoas não têm receio em ir ao estúdio e que apenas foram desmarcados alguns trabalhos, que estavam agendados para Agosto, sobretudo de emigrantes que não sabiam se poderiam vir a Portugal no verão. “Conseguimos recuperar todas as marcações perdidas. Tivemos algumas desmarcações para o mês de Agosto de pessoas que estão em França e que forma apanhadas de surpresa”, referiu.
Nesta fase, o cumprimento das regras sanitárias e atendimento por marcação prévia são normas a seguir nos estúdios de tatuagens.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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