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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 27 de junho de 2020

Tratamento de feridas no verão

A chegada do calor traz também as moscas e com elas muitos problemas dermatológicos. É muito comum vermos os nossos animais enervados a tentar afugentá-las e frustrados por não o conseguirem. Nestas situações, há várias coisas que se podem fazer para evitar ou, pelo menos, diminuir o número de moscas em volta dos animais.

O mais importante é manter asseado o local onde os burros habitam, retirando as fezes e colocando palha limpa e seca nas camas. A utilização de flytraps (armadilhas para moscas) ajuda a diminuir o número de moscas, quer sejam em fitas ou em caixas. Na utilização das últimas é importante mantê-las, pelo menos, a 15 metros do lugar onde os burros descansam, uma vez que emitem odores que cativam as moscas, chamando-as para esses locais.
A pulverização dos animais com fármacos repelentes de insetos, como a cipermetrina, poderá auxiliar no afastamento das moscas, no entanto a sua utilização deverá ser cautelosa. Convém fazer a devida diluição, evitar colocar nos olhos ou mucosas do animal, não esquecendo os equipamentos de proteção individual por parte de quem a está a administrar. Quando há persistência de moscas na zona dos olhos podemos colocar máscaras na cabeça dos animais, para criar uma barreira protetora.

A manifestação, e respetivo tratamento de feridas, poderá ser complicada pela elevada densidade de moscas. Quando uma ferida é detetada nos nossos animais a primeira coisa a fazer é retirar os pelos que a circundam, para facilitar a higienização da mesma, e em seguida fazer limpeza com soro ou água tépida, para retirar a sujidade e algumas crostas que possam já existir. É importante avaliar a extensão da lesão, verificar se a pele está apenas lacerada ou se é algo mais profundo, com necessidade de intervenção veterinária.

Quando as feridas são superficiais, após os passos anteriormente referidos deve-se desinfetar a ferida com betadine ou clorexidina muito diluídos, até terem uma tonalidade quase transparente. Por último, deve-se passar uma pomada hidratante que promova a regeneração da pele e proteger a área, seja com pensos seja com sprays de alumínio ou zinco, que criem uma camada protetora.
No caso de feridas com larvas o melhor é contactar o médico veterinário. No entanto, quando tal não for possível, é importante remover logo todas as larvas com uma pinça, e de seguida colocar 1 a 2 ml de ivermectina local, de forma a matar as larvas que permaneçam.

A limpeza de feridas deve ser feita diariamente, uma vez que o descuido poderá levar ao aparecimento de larvas, mesmo em feridas aparentemente simples. Relembramos a importância da escovagem do pelo, não só como forma de inspeção dos animais, para detetar feridas ocultas, mas também para identificar e tratar contra parasitas externos, que possam causar prurido, prevenindo assim o aparecimento de novas lesões.

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