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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 30 de junho de 2020

Taxistas brigantinos voltam ao trabalho enfrentando a realidade trazida pela pandemia

Os taxistas brigantinos já regressaram a actividade. Lotação reduzida para metade, uso de máscaras, gel desinfectante e álcool: esta é a nova realidade destes profissionais.
O sector sofreu quebras de 70%. Os taxistas estiveram parados durante mais de dois meses e sem salário. Foi o caso de Adelaide Duarte, a primeira mulher taxista em Bragança. “Tem sido difícil. É financeiramente difícil, por se estar três meses sem receber salário, e é muito 'stressante' estar em casa sem poder fazer nada porque não ficámos em casa por querer mas sim por obrigação”.

Pedro Carvalho tem setenta anos e é taxista há mais de quarenta. Conta já ter estado na guerra em Moçambique, mas é da pandemia que tem medo. A agricultura foi uma distracção durante o confinamento e também a alternativa para não faltar comida em casa. Para além da pouca procura das pessoas viu ainda cancelado o contrato de transporte escolar com o município. “Estamos numa crise tremenda. Agora não se fazem 10/15/20 euros por dia. Concorria aos transportes públicos e raro era o ano que não conseguia. Este ano tive azar porque as escolas fecharam e fiquei sem o transporte”.

No que diz respeito aos apoios do Governo neste ramo, muitos taxistas ficaram de fora. O taxista Licínio Alho foi um deles. Sem apoios e sem salários durante dois meses conta que foi tudo menos fácil. Agora com o regresso à actividade diz ainda ganhar para as despesas. “Nunca estivemos proibidos de trabalhar, podíamos fazê-lo mas não havia clientes. Mesmo agora, há menos movimento com as fronteiras e o IPB fechados. Uma pessoa chega a estar três horas ou mais na praça sem ter um cliente. Não me posso queixar, de certa forma, porque vou ganhando para as despesas”.

O regresso à actividade era ansiado pelos taxistas brigantinos, que ficaram sem salário durante mais de dois meses. Uma crise económica e também social, provocada pela pandemia, que não poupou este sector.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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