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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Produtores do distrito reinventam-se para vender na internet

No distrito de Bragança, têm sido vários os produtores e agricultores que estão a reorganizar-se para fazer face aos efeitos da pandemia, tentando escoar os produtos através da internet.
O mel biológico “Montesino”, proveniente de Carragosa, no concelho de Bragança, e de Mofreita, no de Vinhais, também está agora na online. A marca de mel existe desde 2005 e, apesar de ter página virtual, nunca tinha sido vendido através destas plataformas, mas o encerramento das lojas que o tinham à venda obrigou a produtora, Sandra Barbosa, a seguir este caminho. O produto não teve saída através da plataforma "Alimente quem o Alimenta", criada pelo Governo. Valeram-lhe páginas de Facebook criadas para valorizar os produtos portugueses, nomeadamente a "Reerguer Portugal". "Não tivemos feedback nenhum dessa página, tivemos dos outros grupos que surgiram com a pandemia, de forma a valorizar os produtos portugueses. Daí surgiram bastantes encomendas. Já estamos a receber segundas encomendas. Tentámos procurar outros caminhos para pôr o mel na casa das pessoas e nunca tínhamos experimentado este caminho, desta forma, porque acreditávamos que os portes de envio a pagar eram muito caros".

António Vila Franca é de Lamas, no concelho de Macedo de Cavaleiros, onde tem uma exploração de 500 ovelhas. Há um ano e meio também se aventurou com uma queijaria, em Travanca, mas com a pandemia tudo mudou. O produtor decidiu arregaçar as mangas e criar uma página na internet para vender o queijo. Apesar de ser uma ajuda, o online não lhe resolveu os problemas, porque “não cobre a quebra”. "O engraçado é que 90% das encomendas têm sido para o centro, sul e litoral do país. Ajudou a explorar mais a área de venda online. Ajuda um bocadinho mas está longe de ajudar muito. Complementam-se perfeitamente, a venda online e a venda local".

João Meireles tem um talho em Mirandela, vende carne e enchidos. O filho convenceu-o a pôr os produtos à venda na internet e, apesar de com as carnes não ter dado resultado, o fumeiro seguiu um bom caminho. O talhante confessa que a internet será uma boa opção para dar a conhecer o fumeiro. "Quando se vende mais alguma coisa já é boa ideia. Vendemos um bocadinho de fumeiro e pode dizer-se que se vendeu para todo o país".

No mercado online está também o queijo “Terrincho”. Segundo Bruno Cordeiro, presidente da QUEITEC - Cooperativa dos Produtores de Leite de Ovinos da Terra Quente, o queijo, noutros anos, era facilmente escoado, mas agora, a quebra nas vendas fez-se sentir e tentou-se comercializá-lo na internet, através da plataforma do Governo. Para já, ainda não se vendeu nada mas há esperança que a situação mude. "Temos dificuldade mas a nossa produção é escoada. Este ano, com esta situação, as nossas encomendas caíram e tivemos que procurar soluções. Estamos numa fase inicial, decidimos aderir mas ainda não vendemos nada. Esperamos que venha a dar frutos e, se as coisas não mudarem, este pode ser o caminho".

Abílio Sauane é um pequeno produtor, de Quintanilha, no concelho de Bragança. Como estes dois meses “foram complicados”, decidiu aventurar-se na internet e inscrever-se no na plataforma criada pelo Governo. Ainda assim, garante que a internet não o ajudou em nada. "Estou a vender igual. A internet não me ajudou nada. Tive que baixar preços porque mal dá para trabalhar. Se tivesse empregados tinha que fechar".

Nesta fase, e após dois meses de confinamento, a internet começa a ser uma opção para vender produtos locais e têm sido vários os municípios que estão também a apostar na criação de plataformas para ajudar os produtores locais.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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