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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Associação de comerciantes de Bragança promove vinhos de Trás-os-Montes

 Aumentar a presença dos vinhos de Trás-os-Montes nas cartas dos restaurantes de Bragança e nas prateleiras dos espaços de venda de produtos regionais foi o propósito da ACISB que, como apoio da CVRTM promoveu uma prova de vinhos de Trás-os-Montes em Bragança.


Duas dezenas de produtores de vinhos de Trás-os-Montes participaram em prova dirigida para restauração, hotelaria e lojas de venda de produtos regionais, em Bragança. A iniciava foi promovida pela Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB), com o apoio da Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM).

Aumentar a presença dos vinhos de Trás-os-Montes nas cartas dos restaurantes de Bragança e nas prateleiras dos espaços de venda de produtos regionais foi o propósito da ACISB que, como apoio da CVRTM promoveu uma prova de vinhos de Trás-os-Montes em Bragança.

Cerca de 20 produtos de vinho e mais de 50 representantes da restauração local marcaram presença, num momento de conhecimento, esclarecimento e diálogo, com o intuito de criar novas parecerias e relações comerciais. “Com esta iniciativa queremos que os produtores e os empresários locais se conheçam, entrem em diálogo, conheçam os vinhos que, estamos certos, vão valorizar a oferta dos nossos restaurantes”, defendeu Maria João Rodrigues, presidente da ACISB. “Quisemos ser os facilitadores de futuras relações comerciais, quisemos criar a oportunidade de mitigar alguma desinformação que possa existir, quisemos criar novas dinâmicas económicas e sociais, para que todos possamos trabalhar com o mesmo objetivo de valorização da região, de reforçar a nossa autenticidade, a nossa identidade que é o que nos diferencia”, acrescentou a secretária geral da mesma associação, Anabela Anjos.

Da parte da CVRTM, o seu presidente, Francisco Ataíde Pavão, valorizou a iniciativa considerando que “o diálogo que permitiu, entre produtores e a restauração local”, é o caminho que os vinhos de Trás-os-Montes precisam para trabalhar a sua afirmação. “Acontece que dentro da nossa região os nossos vinhos não são muito conhecidos, alguma restauração dá primazia a outras regiões mais conhecidas, há algum desconhecimento por parte dos responsáveis da restauração e da hotelaria daquilo que são as especificidades da região, dos produtores que existem e da qualidade temos”, afirmou Ana Alves, a responsável pelo departamento de enologia e promoção da CVRTM.

Há já 110 produtores, com 140 referências, de vinhos certificados de Trás-os-Montes, ainda é necessário muito trabalho na afirmação destas referências para que alcancem a visibilidade que existe em outras regiões.

“Os restaurantes são os verdadeiros embaixadores dos vinhos”

Ricardo Sá Fernandes, reconhecido advogado, é também um pequeno produtor de vinho de Trás-os-Montes. Com mais dois sócios, trabalha a marca Palmeirim de Inglaterra. Afirma, sem reservas, que “os restaurantes são os verdadeiros embaixadores dos vinhos”, reconhecendo a importância da iniciativa que a ACISB promoveu.

Rui Gonçalves, representante dos vinhos Vale Pradinhos, uma adega centenária, um nome emblemático da região, apesar de ter boa parte do trabalho de “afirmação” feito, continua a marcar presença nestes pequenos eventos sempre que pode. “É fundamental este diálogo direto com os setores da restauração e hotelaria, já temos um nome forte, muita procura, mas continuamos a participar porque queremos dignificar a região”. A mesma postura tem Fernando Ramos, da Quinta de Sobreiró de Cima, Valpaços, que este ano arrecadou o prémio de “Melhor Vinho Branco” de Portugal. “Estas iniciativas são sempre boas, promovem a região de Trás-os-Montes, uma região que está a crescer, mas ainda há trabalho a fazer”, defendeu.

Fernando Mogadouro, representante das Vinhas Velhas de Mogadouro, viu nesta prova uma enorme oportunidade: “É uma iniciativa de louvar, muito importante para nós, tanto em termos comerciais como em termos de apresentação, porque o nosso projeto é muito recente e não tem meios para publicidade e esta é uma forma excelente de chegar ao público”.

E cada projeto, cada vinho apresentado tinha uma história e são essas histórias que os representantes da restauração ouviram, para replicar aos seus clientes e acrescentar história e cultura a cada vinho que colocam sobre a mesa. Fernando Pessoa, representante das referências Encostas de Sonim, Sonini, entre outras, falava dos métodos de produção usados pelos romanos nos lagares escavados na pedra, outrora usados para a produção de vinho, atualmente património histórico e cultural que leva muitos visitantes ao concelho de Valpaços. Ricardo Sá Fernandes contava a história que está por detrás da referência Palmeirim de Inglaterra. “É uma homenagem a um antepassado que escreveu um romance de cavalaria, com esse título, muito famoso em toda a europa no sec. XVI”. Os vinhos são um complemento da identidade regional que não se podem dissociar da cultura, do património, da paisagem e, sobretudo da gastronomia.

Casar a gastronomia regional com os vinhos de Trás-os-Montes

“Somos conhecidos pela qualidade da nossa gastronomia entendemos que o casamento perfeito deve acontecer com vinhos da nossa região. Sentimos que é nossa obrigação alertar para a necessidade de colocarmos os Vinhos de Trás-os-Montes num patamar superior, na oferta do nosso território”, defendeu Anabela Anjos.

E os representantes da restauração concordaram com esta perspetiva. Francisco Reis, do Copinhos, procurava nos vinhos de Sonim “o néctar ideal” para combinar com a filosofia da sua casa. Rosa Pires, do Restaurante Rosina, queria saber mais sobre os vinhos porque, contava, “os turistas nacionais cada vez mais pedem vinhos da região para acompanhar a refeição”. “Esta é uma oportunidade de conhecermos os produtores, o vinho e podermos aconselhar com mais segurança. Muitas marcas aqui presentes eu não conhecia, este diálogo vai resultar em parcerias”, acrescentou.

O Lost Corner é um local onde se bebe e vende bom vinho. Fernando Caldeira, o responsável, trabalha há cinco anos este mercado e referiu que a filosofia do espaço sempre foi apostar na promoção e venda dos produtos regionais. “O vinho de Trás-os-Montes foi sempre o nosso foco”. Faz o trabalho de prospeção sozinho, mas com nesta prova reconheceu uma excelente oportunidade de “trabalhar a afirmação dos vinhos e de expandir o mercado”. Esta iniciativa aconteceu num espaço de excelência, nos jardins do Museu Abade de Baçal, em Bragança, e foi organizado no âmbito do projeto Turistando por Bragança, financiado pelo programa Valorizar.

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