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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 21 de maio de 2022

21 de maio: 30 anos da Rede Natura 2000 e Dia Mundial da Migração dos Peixes

 Hoje, 21 de maio, assinalam-se os 30 anos da Rede Natura 2000, a maior rede de áreas protegidas do mundo para a natureza. 21 de maio corresponde à data de aprovação, em 1992, da Diretiva Habitats da União Europeia (UE) e do Programa LIFE, que financia projetos de conservação da natureza no espaço europeu.

Milhafre-real (Milvus milvus). Fotografia Pedro Alves/Palombar.

A Diretiva Habitats e a Diretiva Aves, de 1979, são os dois pilares centrais da Rede Natura 2000. Atualmente, a Rede Natura 2000, o principal instrumento de conservação da Natureza e da Biodiversidade na UE, integra mais de 27 800 locais na terra e no mar que estão protegidos para assegurar a preservação do património natural europeu. Graças à Rede Natura 2000, a UE protege cerca de 1 400 espécies de animais e plantas selvagens e 460 espécies de aves.

Logótipo oficial de comemoração dos 30 anos da Rede Natura 2000.

Como é constituída a Rede Natura 2000?

A Rede Natura 2000 é composta por: Zonas de Proteção Especial (ZPE) - estabelecidas ao abrigo da Diretiva Aves, têm como principal objetivo garantir a conservação das espécies de aves, e dos seus habitats, listadas no seu Anexo I, e das espécies de aves migratórias não referidas no Anexo I e cuja ocorrência seja regular no território europeu; Zonas Especiais de Conservação (ZEC) - criadas ao abrigo da Diretiva Habitats, visam contribuir para assegurar a Biodiversidade, através da conservação dos habitats naturais (Anexo I) e dos habitats de espécies da flora e da fauna selvagens (Anexo II), considerados ameaçados no espaço da União Europeia; Sítios de Importância Comunitária (SIC) - um SIC é definido pela Diretiva Habitats como um sítio que, na região ou regiões biogeográficas a que pertence, contribui de forma significativa para a manutenção ou recuperação de um estado de conservação favorável de um tipo de habitat natural ou de uma espécie, podendo também promover a coesão da Rede Natura 2000 e/ou a manutenção da biodiversidade nessa região ou regiões.

Quais são os nossos projetos em território da Rede Natura 2000?

Sentinelas - Rede de Monitorização de Ameaças para a Fauna Silvestre, Searas com Biodiversidade - Salvemos a águia-caçadeira, ConnectNatura - Melhoria de Condições de Conectividade para a Fauna Silvestre entre áreas da Rede Natura 2000, Reconecta-te à Natureza - as aves fazem mais do que cantar, HotSpot de Biodiversidade, Grupo Nordeste e LIFE Rupis.

Abutre-preto (Aegypius monachus). Fotografia Pedro Rego.

Dia Mundial da Migração dos Peixes: conectar peixes, rios e pessoas

A 21 de maio celebra-se também o Dia Mundial da Migração dos Peixes, comemorado de dois em dois anos sob a coordenação da World Fish Migration Foundation. Pretende sensibilizar e alertar para a importância dos peixes migratórios de água doce e dos rios de caudal livre, que garantem a sua conservação e ciclo de vida completo.

Atualmente, muitos peixes migratórios estão ameaçados devido a vários fatores como a pesca excessiva, degradação dos habitats, barragens e alteração dos cursos dos rios. Os peixes migratórios têm uma grande importância a nível ecológico - sendo essenciais para o bom funcionamento dos rios -, cultural e económico.

Salmão-do-Atlântico (Salmo salar). Fonte: Wikimedia Commons.

Mas o que são afinal os peixes migratórios? São aqueles que precisam migrar, isto é, mudar de local, com regularidade. Como grandes campeões de natação, conseguem nadar distâncias longas ou curtas e saltar obstáculos naturais, como desníveis nos rios e pedras, para dar continuidade ao seu ciclo de vida, ou seja, para alimentarem-se, reproduzirem-se e fugir dos predadores.

Sável, enguia-europeia, salmão-do-Atlântico, truta-marisca e barbos são alguns exemplos de peixes migratórios. Assegurar a proteção e conservação destas e das outras espécies de peixes migratórios é essencial para garantir a saúde dos rios, o bom funcionamento dos ecossistemas, para a sustentabilidade da economia associada à comercialização de peixe e para as culturas cujas tradições gastronómicas e fonte nutricional de proteína estão ligadas ao consumo destas espécies.

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