Formada em 1908 por um grupo de artesãos, nasceu para apoiar a população da, na altura, vila de Macedo de Cavaleiros, em questões sociais, que na década de setenta acabaram por ser assumidas pelo Estado Central, o que tirou algum vigor à associação, que deixou de ter atividade em 1975.
Agora, um grupo de cidadãos voltou a constituir uma direção, presidida por António Choupina Pires, e o objetivo é que volte a ter um papel social importante na comunidade. Um desafio acrescido nos tempos que correm:
“O grande desafio é esse porque o espaço que ela tinha, na altura, e o motivo pelo qual se constituiu, era socorrer os seus associados em questões como assistência médica e subsídio de funeral, ou seja, coisas que hoje achamos banais e que a Segurança Social colmata.
Ainda hoje há muitas outras coisas por fazer como o apoio à terceira idade, o apoio que pode ser dado aos mais novos na área da saúde, uma vez que temos a possibilidade de realizar alguns protocolos com clínicas, não só na cidade mas também fora dela, turismo social, as festas e festividades que na altura se faziam, ou seja, aquilo que a comunidade sentir como mais urgente e que esta associação possa continuar a fazer.”
A associação teve também um papel importante na vertente recreativa, com a realização de bailes, com destaque para o de Carnaval, e outras festividades, o que é intenção desta nova direção reativar também.
A primeira ação da associação já está a decorrer com a reabilitação do edifício que lhe serviu de sede em outros tempos, na Rua Almeida Pessanha, na cidade, e que tem estado bastante degradado.
Depois de pronto, o objetivo é voltar a dar-lhe vida e torná-lo um espaço intergeracional:
“O prédio que toda a gente se lembra por ser onde estava o sr. Armando Mendes, aqui no centro da cidade. O telhado colapsou e fez com que iniciássemos já as obras.
Este edifício teve uma importante, já foi Biblioteca da Gulbenkian e da Câmara Municipal mas entretanto com a degradação não foi possível continuar a fazer uma série de atividades que se faziam.
Temos a intenção de voltar a dar brilho a este espaço, a reativá-lo ou, pelo menos, a dar-lhe vida, mas na área do aspeto lúdico e, sobretudo, uma questão que é importante, ser um espaço intergeracional, juntando várias gerações.”
Mas para que a associação volte a ter atividade precisa de associados:
“Uma necessidade urgente e premente.
Vamos depois comemorar os 115 anos da instituição e estamos a preparar um programa nesse sentido, não só para divulgação mas também vamos abrir inscrições para que não só os mais velhos, mas também os mais novos, se possam interessar por esta causa. Penso que poderá haver algumas surpresas.”
A primeira fase da obra do edifício sede da associação deverá estar concluída em meados de setembro.
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