Esta infra-estrutura num concelho que vive da agricultura já vem há muito a ser reclamada pelo presidente da câmara. Segundo o governante Rui Marinho, falta apresentar o estudo de impacto ambiental para que a obra seja financiada.
“Há a elaboração de um conjunto de peça que são absolutamente indispensáveis para instruir estes processos, nomeadamente a declaração de impacto ambiental que tem que ser feita, para submetermos ao banco europeu de investimento, que é quem vai financiar esta obra, no âmbito do Plano Nacional de regadios. É uma decisão que já está tomada, aguardamos que estes trabalhos estejam concluídos por parte do município e na sequência disso o projecto será formalizado e podemos depois avançar com as obras”, frisou.
A albufeira vai beneficiar os agricultores de Carrazeda de Ansiães e complementará ainda a barragem de Fontelonga, que é usada para abastecimento da população, explica o secretário de Estado.
“Permitir assegurar, em situações como a que estamos a viver, o abastecimento que permite complementar as disponibilidades hídricas que existem na barragem de Fontelonga e garantir de forma regular o abastecimento doméstico da população de Carrazeda de Ansiães”, explicou.
A infra-estrutura está inserida no Plano Nacional de Regadio, que tem 500 milhões de euros para projectos de Norte a Sul do país. Mas Rui Marinho admite que este financiamento não é suficiente para resolver todos os problemas hídricos que estão afectar agricultura.
“Esta é uma primeira fase, vamos avançar para uma segunda fase. O que não podemos garantir e prometer é que vamos fazer tudo em dois anos ou em três. É um trabalho para uma década”, acrescentou.
A confirmação de investimento para a construção do regadio em Carrazeda de Ansiães é um passo importante para o presidente da câmara. João Gonçalves quer ainda que o rio Tua passe a abastecer a barragem de Fontelonga e a que vai ser construída, para evitar anos de seca.
“Pretendo iniciar estudos no sentido de além de querermos concretizar o projecto desta nova albufeira, termos a possibilidade de aportar ambas as albufeiras, com abastecimento a partir do rio Tua, se isto for possível tecnicamente e sustentável, para a médio/longo prazo termos este problema acautelado”, explicou.
A barragem de Fontelonga tem actualmente 30% de água, o que vai obrigar ao transporte de água do rio Tua através de camiões-cisternas para abastecer a população. Na passada sexta-feira, o secretário de Estado da Agricultura garantiu haver financiamento para a construção de outra albufeira mas para regadio em Carrazeda de Ansiães.
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