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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Projectos no Parque de Montesinho são financiados mas chumbados pelo ICNF: Autarca de Bragança pede revisão do plano de ordenamento

 Há projectos no Parque Natural de Montesinho que são aprovados e financiados, mas depois são chumbados pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas


Na comemoração do 43º aniversário da área protegida, ontem, o presidente da câmara de Bragança e responsável pela co-gestão do parque apontou alguns problemas que quer ver resolvidos. Hernâni Dias explica que o plano de ordenamento da área protegida está a colocar entraves.

“O dinheiro que vem destinado a este território não pode ficar na gaveta só porque há uma entidade que tem um determinado plano de ordenamento. É uma perda para todo o território quando nós temos a possibilidade de aplicar fundos comunitários e não o fazemos por incapacidade de enquadramento desses fundos no plano de ordenamento vigente”, afirmou.

Por isso, o autarca diz que é urgente refazer o Plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho e acabar com algumas restrições que diz não fazerem sentido.

“Este plano em vigor foi discutido a última vez em 2008 e está mais do que na altura de ele ser revisto, não só porque ele à época já ter sido tremendamente contestado, com muitas restrições, e até ao dia de hoje ainda não ter havido nenhuma correcção daquilo que foi identificado como negativo”, sublinhou.

A falta de informação e proximidade entre o ICNF e as gentes que vivem no parque é um dos problemas apontado pelo presidente da União das Freguesias da Aveleda e Rio de Onor. Mário Gomes considera que desde que a área protegida deixou de ter um director, as pessoas têm sido esquecidas.

“Ficou apenas a parte ambiental e deixou-se de fora a parte humana. Eu sei que são poucos, mas os poucos que há têm que ser devidamente tratados e informados. Às vezes as pessoas têm medo de cortar uma árvore, de fazer uma limpeza precisamente porque não estão informados, porque essa informação não passa. Depois há o aspecto burocrático, imagine-se o que é um septuagenário posto à frente de um computador para indicar o seu terreno. Essa falta de ligação e de presença do parque nas aldeias é notória e isso depois vai-se acumulando e as coisas vão se degradando cada vez mais”, apontou.

Mário Gomes defende ainda mais técnicos para fazer a gestão do parque. A directora regional do ICNF ouviu as críticas dos autarcas e avançou que vão ser feitos reajustes. Ainda assim, Sandra Sarmento realçou a importância das regras para a conservação da natureza.

“Conservar e preservar requer que haja regras. Nós estamos neste momento num processo de recondução de plano a programa e esse processo já prevê alguns ajustamentos, algumas correcções, que visam acolher questões que já foram identificadas e que são manifestamente incongruências”, disse.

O plano de ordenamento do Parque Natural de Montesinho vai assim ser convertido a programa e prevê-se que esteja concluído no próximo ano.

O parque fez esta terça-feira 43 anos. O aniversário foi comemorado em Rio de Onor. É gerido pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e a co-gestão está a cargo dos presidentes de câmara de Bragança e Vinhais, municípios abrangidos pela área protegida, que em breve apresentarão um plano de investimentos para o parque.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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