“Calibres pequenos e muita amêndoa chocha, pela falta de água. Estima-se que em Trás-os-Montes a quebra seja entre 40 a 50% de quebra de produção relativamente ao ano passado”, avançou o director da Cooperativa de Amêndoa de Torre de Moncorvo, Bruno Cordeiro.
As geadas tardias que vieram em Abril e a falta de água este verão são as principais causas de quebra. Alguns concelhos foram mais afectados do que outros.
“As zonas mais afectadas foram Mogadouro, Valpaços, Vila Nova de Foz Côa e algumas zonas de Torre de Moncorvo. Tem a ver com variedades, altitudes, zonas mais secas ou mais húmidas”, explicou.
Com os custos de produção elevados, Bruno Cordeiro prevê que muitos agricultores vão deixar esta cultura.
“O que tenho ouvido por aqui é que se continuar assim, muitos pomares ficarão ao abandono nos próximos anos. No futuro, se nada mudar, não é viável manter um pomar de amendoal, por causa dos custos de produção elevados, baixas produções, preço da amêndoa baixo e tudo faz com que não seja produtivo ter um pomar de amendoal em Trás-os-Montes”, frisou.
Prevê-se que, este ano, a amêndoa seja comprada aos produtores por valores entre os 3,5 euros e os 4,2 euros. Um preço aquém do que dizem ser justo. A Cooperativa de Amêndoa de Torre de Moncorvo tem 1500 agricultores associados de Trás-os-Montes e Vila Nova de Foz Côa.
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