No âmbito do programa Ciência Viva no Verão, a Associação para o Estudo do Gado Asinino (AEPGA) e a Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural organizaram, na manhã do dia 24 de agosto, uma atividade dedicada aos anfíbios e répteis que vivem no rio Angueira.
Inicialmente, a atividade decorreu no auditório do Parque Ibérico de Aventura e Natureza (PINTA), onde o biólogo, Pedro Alves, deu a conhecer aos participantes os anfíbios e répteis existentes no rio.
Após esta introdução, o biólogo e os cerca de 50 participantes na atividade deslocaram-se ao rio Angueira, junto à localidade de São Joanico, para ver os anfíbios e répteis aí existentes.
“Os anfíbios como as rãs, os sapos, as salamandras e os tritões distinguem-se dos répteis pela sua pele nua, sem escamas e é permeável à água para realizar a hidratação”, explicou.
Sobre a importância destes seres vivos para o ecossistema, Pedro Alves, referiu que os anfíbios desempenham um importante papel no controlo de pragas agrícolas, de doenças e no equilíbrio do ecossistema.
Entre os principais perigos para a sobrevivência dos anfíbios aponta-se a contaminação dos produtos agroquímicos, a destruição dos seus habitats, a introdução de espécies exóticas e as alterações climáticas.
“O rio Angueira foi o último habitat do lagostim de pata branca. A partir da década de 1990, a espécie extinguiu-se com a introdução de outra espécie de lagostins”, disse.
Para proteger os anfíbios existente no rio Angueira, o biólogo, sugeriu a construção de charcos e a monitorização dos mesmos.
Relativamente aos repteis, no rio que atravessa os concelho de Miranda do Douro e Vimioso, vivem cágados, cobras e víboras.
“Os mais comuns e fáceis de encontrar são a cobra de água viperina e a cobra de água de colar ibérica”, indicou.
À semelhança dos anfíbios, também os repteis desempenham um importante serviço ambiental, concretamente no controlo de roedores e de insetos.
“E são uma importante fonte de alimentação para aves, mamíferos e outros répteis”, acrescentou.
“No rio Angueira, o réptil mais comum e fácil de encontrar é a cobra de água viperina”, indicou.
O rio Angueira nasce na localidade espanhola de Alcañices (Espanha) e percorre os concelhos de Miranda do Douro e Vimioso até desaguar no rio Maçãs.
A atividade dedicada aos anfíbios e répteis do rio Angueira decorreu no PINTA e nas margens do rio, na aldeia de São Joanico (Vimioso).
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