O certame, que se realizou no passado sábado, reuniu 24 produtores de ovelhas de raça Churra Galega Bragançana e 15 produtores de cães de gado transmontano, com um total de mais de 200 animais a concurso, para além de dez expositores presentes na feira.
“É o ano em que tivemos mais participantes”, sublinhava José Rodrigues, o Secretário Técnico das raças Churra Galega Bragançana branca e Churra Galega Bragançana preta.
João Paulo Matos, presidente da Junta de Freguesia de Coelhoso, fazia, por isso, “um balanço muito positivo”.
“Nota-se pelo entusiasmo de produtores, criadores e intervenientes, população da aldeia”, sublinhou.
O presidente da Junta frisava que este certame “é importante para a freguesia e para a região”.
“Para além da vertente económica, também tem a ver com a parte social e com a fixação de pessoas. É necessário promover a economia e os convívios e a vinda de pessoas que estão fora ao longo do ano. É assim que vão comprando terrenos, casas e fixamos pessoas”, explicou.
O próprio presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, enaltecia a afluência de participantes ao evento que foi retomado este ano, depois de dois anos de ausência devido à pandemia de covid-19.
“Tendo em conta o número de participantes que aqui acorreram a esta feira e com o número de animais mostra bem que havia vontade das pessoas de retomarem este tipo de atividades. O setor agrícola ficou parado durante a pandemia. Desde há dois anos não fazíamos qualquer tipo de evento deste género.
É sempre importante para os produtores que vêm a estes concursos e recebem algum apoio, que é também o que se pretende com estes concursos.
Esta é a edição da feira do cordeiro que mais animais tem, o que é bem elucidativo da vontade de as pessoas participarem”, destacou o presidente do Município.
Este ano, pela primeira vez, os participantes que apresentaram animais a concurso receberam um prémio de participação, no valor de 25 euros, a somar a um saco de ração para animais, como forma de estimular a presença.
Os donos dos melhores exemplares recebiam, ainda, 100 euros por ovelha, 110 por carneiro e 80 pelo melhor conjunto.
Entre os produtores, o sentimento era de alguma apreensão face à seca que o país atravessa, que está a deixar em causa a alimentação dos animais. Ainda assim, José Rodrigues garantiu que “a qualidade dos animais no concurso não se ressentiu”. “O pior é mesmo o que está para vir”, frisou.
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