“Começámos por receber um convite do Generation para musicar estas duas curtas-metragens. Depois é pegar nas curtas, pensar o universo para o qual vamos fazer este tipo de música, porque nós fazemos uma coisa um bocadinho diferente, mais electrónica, mas conseguimos procurar um meio-termo entre o que fazemos e aquilo que gostávamos de mostrar principalmente às crianças”, explicou Ricardino Lomba, um dos responsáveis pela música.
Alexia Dotras não quis perder a oportunidade de ver cinema com música ao vivo, até porque só em Espanha teve uma experiência idêntica. Levou a filha de 4 anos e disse terem ficado as duas rendidas.
“A experiência de vivenciar com a música ao vivo é outra questão. Fico sempre com a curiosidade de saber como será sem esta música, imagino que tenha uma música original, mas fica super bem, porque a música vai ao encontro da imagem. Envolve completamente e a minha filha não tirava os olhos do ecrã”, disse.
Outro dos pontos de paragem foi o Convento de São Francisco. Ali pôde ser vista uma animação de Rita Sá inspirada numa aguarela pintada por si.
“Uma animação com base numa aguarela que eu tenho e está lá exposta também. É uma aguarela já de 2011 e na altura estava a pensar no factor de já não se escreverem cartas de amor e tem a ver com os meios digitais que fazem com que esse processo analógico já não ocorre”, contou.
O festival tem o intuito de dar visibilidade a bandas que sejam pouco conhecidas. Este ano, além da música, houve outras animações e em espaços diferentes, explica Nuno Fernandes, da produtora Dedos Biónicos, responsável pela organização do evento.
“Introduzimos outras vertentes que são instalações, exposições, cinema, além da música e tentamos abranger outros espaços da cidade. O SpiritFest era sempre no mesmo espaço, nesta edição tentamos que fosse em espaços distintos”, referiu.
O Spiritfest acontece sempre em Bragança, mas há intenções de chegar a outras partes do distrito.
O festival surgiu em 2011 e não aconteceu nos últimos dois anos devido à pandemia.
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