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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Chuva ajudou culturas, mas não se nota nas barragens do Vale da Vilariça

 A chuva dos últimos dias ajudou as culturas do Vale da Vilariça, mas sem impacto visível nas barragens de regadio da zona agrícola mais fértil do Nordeste Transmontano, segundo balanço feito hoje pela associação de regantes.


A campanha de rega, que este ano começou mais cedo devido à seca, já terminou, com as reservas de água nas barragens “em baixo” e os agricultores à espera de um inverno chuvoso para reverter a situação.

A chuva que tem marcado o mês de outubro “resolveu as necessidades hídricas das culturas, mas nas barragens de regadio “não se nota nada”, segundo disse à Lusa Fernando Brás, presidente da Associação de Regantes.

Nesta zona do distrito de Bragança “choveu muito pouco”, de acordo com o dirigente que apontou que as baixas reservas deverão ser confirmadas na atualização do relatório oficial sobre as albufeiras de regadio.

A última atualização foi publicada a 14 de outubro, ainda antes de ter começado a chover nesta região.

O presidente da Associação de Regantes avançou à Lusa que a campanha de rega deste ano foi encerrada no Vale da Vilariça com as reservas de água “muito em baixo”.

Apontou o caso concreto da principal e mais problemática barragem, a da Burga que, segundo disse, no final, da campanha “estava mesmo no fim”.

Fernando Brás espera agora que “o inverno venha um pouco mais chuvoso” e que consigam “repor as reservas de água”, caso contrário antecipa que o próximo ano será “muito, muito mau”.

A associação de regantes vai aproveitar os meses de inverno, em que não é necessário usar o regadio, para realizar trabalhos de manutenção nas principais condutas.

O presidente espera que, em simultâneo, seja possível executar outras intervenções “para uma gestão mais eficientes em todo o perímetro de rega” e para as quais obteve “parecer favorável” a uma candidatura de três milhões de euros” a fundos comunitários.

Os trabalhos previstos nos próximos meses impedirão alguns produtores do vale com estufas de terem acesso ao regadio.

A associação de regantes disse que está “a ver quais são as soluções possíveis, junto com a Direção-geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR).

O Vale da Vilariça estende-se pelos concelhos de Vila Flor, Alfândega da Fé e Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança.

É dos mais férteis do país, mas continua a reclamar o reforço do regadio com o aumento da capacidade de armazenamento de água, nomeadamente o alteamento da barragem da Burga.

O regadio do Vale da Vilariça é composto por três blocos servidos pelas barragens da Burga, Santa Justa e Ribeiro Grande e Arco e é o maior do Nordeste Transmontano, com cerca de 800 beneficiários com culturas nos mais de 2.400 hectares já existentes.

O plano que deu origem às barragens existentes começou a ser pensado na década de 1960 pelo chamado “pai” da agricultura transmontana, Camilo Mendonça, que projetou o complexo agroindustrial do Cachão e a maioria das infraestruturas que servem o setor.

Foto: AP

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