“O autocarro que faz a carreira diária passa em 11 aldeias, entre Bragança e Dine. Em todas para nas localidades, incluindo Cova de Lua, Soutelo ou Maçãs [que também ficam afastadas da EN308-3]. Só a esta é que não vai”, queixa-se.
Luís Fernandes diz que a situação ainda é pior “no inverno”.
“No meu caso, já tenho 80 anos, quando venho com compras é complicado, até porque da paragem à aldeia é sempre a subir. Sou diabético, sofro da próstata, da asma, do coração e custa-me muito a chegar a casa”, explica.
Este habitante de Vilarinho sublinha que também há estudantes na aldeia que têm de fazer quase dois quilómetros “a subir, à chuva e ao frio, até chegar a casa”.
“Não exigimos mais o que os outros, apenas o que também têm as outras aldeias. A carreira é do povo”, frisa.
O facto de a população da aldeia já ser envelhecida faz com que os mais velhos evitem usar as suas viaturas particulares, como é o seu caso. “Tenho um carrito mas os filhos já não querem que conduza. Mas tenho de ir à cidade às compras, ao médico, à farmácia. Coo é que faço?”, questiona.
Ao Mensageiro, o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, explicou, por escrito, que não é possível alterar o circuito por se viver, atualmente, uma situação de transição.
“Importa referir que se trata de uma linha concessionada e não é possível alterar o circuito, tendo em conta a situação de transição no domínio da delegação de competências para a Administração Local. Acresce, ainda, a grande dificuldade de um autocarro poder fazer a manobra de inversão de marcha, dentro da aldeia”, explicou.
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