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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Apanha de cogumelos silvestres atrasada no Nordeste Transmontano

 A apanha de cogumelos silvestres está atrasada no Nordeste Transmontano devido à seca, mas há boas perspetivas para as próximas semanas com a chuva dos últimos dias, disse hoje à Lusa o presidente da associação micológica A Pantorra.


“Por norma começamos a apanhar cogumelos no início de outubro, mas a seca atrasou esta atividade. Contudo, as chuvas que se fizeram sentir no Nordeste Transmontano levam-nos a perspetivar que nas próximas semanas haja cogumelos de qualidade, até porque o tempo não está muito frio”, explicou o presidente da associação, Manuel Moredo.

De acordo com o especialista em micologia, no início de outubro já se começava a apanhar boletos, que é a espécie mais procurada pelos coletores e pelos estudiosos da micologia para acompanhar a gastronomia regional, e só agora é que começam a surgir nos bosques do distrito de Bragança.

“Como [este ano] começou a chover mais tarde, estamos a aguardar que as mais variadas espécies de cogumelos comecem a sair, com destaque para os boletos, sanchas, locatários ou os róculos, isto ao longo próximas semanas, porque depois começa a haver noites frias e estes fungos ficam podres e sem qualidade”, frisou Manuel Moredo.

O especialista alerta que os cogumelos são uma comida de risco e por isso se deve ter muita atenção na sua apanha e seleção, bem como seguir as instruções dos guias de campo.

A associação A Pantorra, com sede em Mogadouro, já identificou mais de 400 espécies de cogumelos no Nordeste Transmontano nos últimos 24 anos, mas os seus especialistas estão convencidos que há muitas mais por identificar, um trabalho que os micólogos continuam a fazer, tanto no Nordeste Transmontano como na província espanhola de Castela e Leão, territórios com características semelhantes.

Por outro lado, e ainda no campo da micologia, após dois anos de interregno devido à pandemia da covid-19, a Confederação de Micologia Mediterrânica (CEM), entidade da qual a associação A Pantorra está ligada, vai realizar em Bragança um encontro internacional que juntará mais de uma centena de especistas em micológica de várias partes do mundo.

“O encontro internacional só se realiza em Bragança devido à falta de condições a nível de hotelaria no concelho de Mogadouro, apesar de a nossa sede estar nesta vila”, vincou o presidente da associação, Manuel Moredo.

A CEM junta especialistas em micologia provenientes de vários países europeus e dos Estados Unidos da América (EUA).

Estão igualmente programadas várias saídas de campo para apanha de cogumelos silvestres em concelhos como Bragança, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros, Vimioso e Vinhais.

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