Realizadora é filha de emigrantes e assume que o filme é em parte autobiográfico, apesar de ser ficção - Foto: DR |
O filme "Alma Viva", candidato de Portugal a uma nomeação para melhor filme internacional em 2023, na 95.ª edição dos Oscares marcada para 12 de março, em Los Angeles, nos Estados Unidos, tem antestreia marcada para Mirandela, no distrito de Bragança, na próxima segunda-feira, 31 de outubro, com a presença da realizadora luso-francesa Cristèle Alves Meira. Nas salas terá a sua estreia a 3 de novembro.
O filme, um microcosmo sobre laços familiares, emigração, misticismo e a cultura transmontana, foi integralmente rodado em Junqueira, no concelho de Vimioso, onde a realizadora tem raízes maternas. As filmagens, feitas no verão de 2021, contaram sobretudo com atores não profissionais daquela localidade transmontana.
Filha de um minhoto e de uma transmontana que emigraram para França, a realizadora Cristèle Alves Meira mantém a ligação a Portugal e às origens dos pais e assume que este filme tem um pendor autobiográfico, mesmo sendo uma ficção.
"Alma Viva" centra-se em Salomé, uma menina, filha de emigrantes portugueses em França, que passa o verão numa aldeia com a avó, com quem tem uma forte ligação afetiva e espiritual. Salomé irá testemunhar a morte da avó e suspeita que esta foi envenenada por bruxaria por outra mulher da aldeia. Enquanto a família organiza o funeral, Salomé acredita que está acompanhada pelo espírito da avó e tenta vingar a sua morte.
O filme é também um retrato da emigração portuguesa, das famílias que se separam entre os que ficam e os que partem, e das complexas diferenças sociais e económicas que daí nascem.
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