Por: Fernando Calado
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)
Muitos caíram no chão com a chegada do Outono… com a dignidade da beleza…. Como quem espera ser alimento da terra, seiva… flor e fruto.
E as abelhas voltarão no tempo certo, na pureza do pólen, no seu eterno mister de renovar a vida!
…ninguém morre para sempre…voltamos de novo!
… mas na sombra da noite os poderosos continuam assustados… mais preocupados com a política do que com a polis… e a culpa é sempre do outro... e Pilatos tão perto lavando as mãos na água cristalina.
… e a Covid silenciosamente entra nos palácios… entra nos casebres… mais nos casebres…
… e a morte silenciosamente veste-se de espanto e solidão.
… e nos Lares habitam as sombras de vidas vividas com dignidade… silenciosas… esperando… os filhos impossibilitados de chegar…
… Nossa Senhora da Boa Morte… minha mãe… morre-se da pandemia… morre-se mais de tristeza e solidão…
… e os filhos esperam que alguém diga quantos morreram… pela calada da noite… sozinhos… sem a mão quente que afague a despedida…
… muitos se silenciam… mas os gritos já ecoam por toda a cidade… e viajam dolorosamente levados nas asas dos pássaros que ao entardecer regressam a casa.
E as abelhas voltarão no tempo certo, na pureza do pólen, no seu eterno mister de renovar a vida!
…ninguém morre para sempre…voltamos de novo!
… mas na sombra da noite os poderosos continuam assustados… mais preocupados com a política do que com a polis… e a culpa é sempre do outro... e Pilatos tão perto lavando as mãos na água cristalina.
… e a Covid silenciosamente entra nos palácios… entra nos casebres… mais nos casebres…
… e a morte silenciosamente veste-se de espanto e solidão.
… e nos Lares habitam as sombras de vidas vividas com dignidade… silenciosas… esperando… os filhos impossibilitados de chegar…
… Nossa Senhora da Boa Morte… minha mãe… morre-se da pandemia… morre-se mais de tristeza e solidão…
… e os filhos esperam que alguém diga quantos morreram… pela calada da noite… sozinhos… sem a mão quente que afague a despedida…
… muitos se silenciam… mas os gritos já ecoam por toda a cidade… e viajam dolorosamente levados nas asas dos pássaros que ao entardecer regressam a casa.
Fernando Calado nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança.
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.
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