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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Entrevista a Acácio David Pradinhos, um Bragançano multifacetado.

O Memórias e Outras Coisas (MOC) entrevistou Acácio Pradinhos (AP)

MOC: Para quem não te conhece, mesmo que conheça o teu trabalho e atividade, diz aos nossos leitores quem é o Acácio Pradinhos?

AP: Olá Henrique Martins e leitores do MOC. Sou um Bragançano da geração de 64, nascido no bairro Além do Rio, no seio duma família numerosa. Dividi os estudos com as aventuras, quase ritualísticas, próprias das vivências dum bairro humilde e, quando passou a ser possível, tomei as escolhas mais adequadas para a concretização da realização pessoal. Converti cada experiência em ferramentas para crescer, aperfeiçoar metodologias e acima de tudo, adquirindo conhecimento/competências, assumir um papel ativo na sociedade. No trajeto, o teatro, as artes que gravitam em seu redor, cruzaram-se de forma harmoniosa com a formação académica e coexistiram sempre de forma complementar. Sou professor de expressão corporal e artística há quase 30 anos. Depois de uma passagem pelo ensino superior privado, leciono há 15 anos, Área de Expressões nos cursos profissionais do AE Emídio Garcia, sou Diretor Artístico do Grupo de Teatro Emídio Garcia, Diretor Artístico/Encenador da Associação Fisga, Escultor de Arte Efémera, Contador de histórias, Administrador do Jornal Online “Correio Transmontano”, Professor de teatro na Universidade Sénior de Bragança, entre outras responsabilidades em diferentes coletividades culturais. 

MOC: No que a mim diz respeito, comecei a ter conhecimento da tua atividade Associativa quando dirigias a AJAM - Associação Juvenil dos Artistas Macedenses e da qual, salvo erro, foste fundador. Estou certo? Que nos queres dizer sobre esse período da tua vida.

AP: A AJAM - Associação Juvenil dos Artistas Macedenses, foi o meu primeiro amor. Aconteceu quando fixei residência em Macedo de Cavaleiros em 1999, para lecionar Expressão Corporal e Artística nos cursos de formação inicial e complementos de formação do IPIAGET, fiz alguns projetos com o grupo de Teatro do Instituto o que levou a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros em 2003 a convidar-me para ministrar um curso para a comunidade, que mobilizou 42 pessoas de diferentes idades e gerou um projeto teatral chamado “Bodas de lata”. Terminado o curso, os formandos, maioritariamente jovens, manifestaram interesse em formalizar uma associação e, com o apoio da Câmara Municipal que disponibilizou apoio logístico para obtenção da personalidade jurídica, nasceu a AJAM. Lá permaneci como diretor artístico, cenógrafo e ator, durante 15 anos, a fazer teatro toda a região, até que a deslocalização para Bragança ditou o fim da ligação. 

MOC: O Teatro e a representação são áreas indissociáveis do teu percurso de vida e que te tornaram conhecido do grande público. Existiu alguém que te tivesse indicado o caminho ou foste tu que o descobriste?

AP: O facto de ter nascido no dia Mundial do Teatro, ser uma pessoa extrovertida e, acima de tudo, com alguma queda para a representação, pesaram na definição do meu projeto de vida. Na Escola Industrial, atual AE Abade Baçal, conheci o professor Inocêncio Pereira que me proporcionou algumas experiências performativas no cine Teatro Torralta. No secundário representei Gil Vicente e Almeida Garrett. Mais tarde, depois do serviço militar, o Teatro em Movimento, com o Leandro Vale, também contribuiu para estimular o apetite pelas artes do espetáculo. Em 1989 aconteceu uma viagem a Paris, onde tive a oportunidade de assistir a espetáculos de rua multidisciplinares e sentir o apelo artístico. Esta experiência foi determinante para assumir a polivalência dos meus gostos artísticos.

MOC: No início da tua carreira profissional, desenvolveste várias atividades com “jovens da rua”. Experiência certamente riquíssima. Conta-nos como foi.

AP: Depois do serviço militar, 1987, fui parar a Izeda como monitor de educação integrado no projeto OTJ (Ocupação Temporária de Jovens). A EPSA era uma instituição dos Serviços Tutelares de Menores e, apesar de eu ser praticante de atletismo e ter explorado junto dos jovens essa modalidade, foi a vida e obra de S. João Bosco que me ajudou a compreender as artes do espetáculo como ferramenta educativa. Fundei uma espécie de Grupo de “teatro” com os jovens tutelados, os famosos “Corrécios de Izeda” com a ajuda do meu colega, Paulo Miranda, que pintava os cenários. Fomos convidados a atuar na Torralta no 1º Aniversário da Rádio Brigantia. Esta prova serviu para tomar consciência da importância que o teatro poderia ter no meu futuro. 

MOC: Pertenceste, nos anos 90 do século passado, ao elenco do Teatro em Movimento, liderado pelo saudoso Leandro do Vale. Que recordações tens para nos contar?

AP: A experiência como “encenador” em Izeda tinha despertado a paixão pelo teatro, de tal forma que resolvi ingressar no Teatro em Movimento de Bragança de Leandro Vale como ator e aderecista. Era o início dos anos 90. O Leandro Vale era uma força da natureza que amava o teatro e construiu um projeto teatral que levava a magia do teatro aos locais mais inusitados da região. Fiz dezenas de espetáculos como ator. Foi uma experiência muito importante que me permitiu valorizar o trabalho de ator, aderecista, comunicador e perceber os meandros da produção teatral.  

MOC: A tua formação académica de raiz nada tem a ver com a atividade teatral. Como aconteceu esta mudança? Que fatores te influenciaram?

AP: Após o serviço militar, com a entrada no mercado de trabalho e o normal comodismo provocado pela autonomia financeira, os estudos foram relegados para segundo plano. A minha esposa, na altura namorada, incentivou-me para fazer a Prova Geral de Acesso ao ensino superior e, ingressei no IPB, na variante de Português/Inglês. Quando conclui o curso, fui lecionar para Vila Real e entusiasmado por uma grande amiga, Felisbela Pinto, fomos frequentar uma “Formação Especializada em Expressão Dramática e Criação Teatral na Educação” na ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo). Simultaneamente, animado por David Carvalho, diretor da Filandorra, ingressei nessa companhia, como adjunto da direção, cenógrafo e ator. Foram 3 anos muito profícuos que permitiram experimentar e consolidar as competências performativas, explorar técnicas e materiais na conceção de cenários e adereços, principalmente, praticar a gestão de recursos humanos. Nessa altura comecei a ministrar formação na Área de Expressões (Teatro e Expressão Plástica) nas escolas profissionais e nos Centros de Formação de Professores. Em 1999 surgiu o convite para lecionar Expressão corporal e artística no IPIAGET de Macedo de Cavaleiros.

MOC: És Professor da Escola Secundária Emídio Garcia. Qual ou quais as áreas que lecionas?

AP: Desde 2007 sou professor da Área de Expressões do Curso Profissional Técnico Animador Sociocultural e Diretor de Curso. Sou responsável desde essa data pelo Grupo de Teatro Emídio Garcia.  

MOC: Para além do Teatro, a outra atividade que te tornou sobejamente conhecido do grande público é a tua ligação às festas de inverno da nossa região e também, recentemente, da nossa vizinha Espanha. Os Mascarados, Os Caretos e as atividades relacionadas com as festas de inverno são a tua principal paixão ou um complemento da tua atividade profissional?

AP: A relação pedagógica e a encenação são a minha zona de conforto, mas as artes que alimentam a criação teatral sempre foram a cereja no topo do bolo na minha realização. Sempre fiz os adereços, as máscaras e os cenários para as minhas encenações. Coordenei vários anos as criações das freguesias que participavam no carnaval de Macedo de Cavaleiros. A “Arte Efémera Pirómana” transverteu a minha vida e a minha relação com a arte. As esculturas gigantes, para queimar, constituem um deslumbramento pessoal e são claramente um complemento da minha atividade profissional. O fascínio foi imediato. No início, tinha a missão de proporcionar uma experiência criativa aos meus alunos e representar o Liceu de Bragança na Bienal da Máscara, com a dignidade possível. Depois das participações na Bienal da Máscara, surgiu, em 2015, o convite do Município de Bragança para elaborar o Diabo no encerramento do Carnaval dos Caretos. Seguiram-se mais 4 Esculturas do Diabo nos anos seguintes. Mais 4 esculturas do Entrudo Chocalheiro de Podence, 3 Esculturas para a abertura do Entrudo Chocalheiro no centro de Macedo de Cavaleiros, 5 Esculturas para os Reis de Salsas na representação do Ano Velho, 2 Esculturas para a Cardanha/Moncorvo, representação do Entrudo Lagarto, 2 Esculturas para Vale de Telhas/Mirandela, representação da BELHA. Em 2021 aceitei o desafio de rumar à vizinha Espanha, la Bañeza-Léon, para construir um JURRU, uma figura demoníaca representativa da tradição carnavalesca de Alija del Infantado. Voltei em 2022. É, assumidamente, um caminho sem regresso.  

MOC: A tua paixão pelas tradições de Trás-os-Montes culminou na escrita e publicação de um livro. Fala-nos sobre o livro e diz-nos se a experiência é para repetir.

AP: Sempre fui um bom contador de histórias e um ótimo ouvinte. Às histórias e anedotas transmitidas oralmente pelo meu pai, por idosos do bairro de Além do Rio e das aldeias da periferia de Bragança juntaram-se outras, recolhidas na fecunda região de Trás-os-Montes e nos livros que, por missão académica, consultava. Contar histórias pedagogicamente corretas e outras “vermelhas” sempre foi uma estratégia para despertar alunos ensonados das aulas das 8.30 e, porque não, como pontos de partida para testar a expressividade e as caraterísticas da voz. Transformadas em peças de teatro, proporcionavam preciosos elementos de avaliação nas aulas de expressão corporal e artística do Instituto Piaget. Resolvi publicar um livro com histórias da tradição oral transformadas em peças de teatro feitas ao longo da minha vida de professor/encenador. Idealizei um documento diferente, de defesa de algumas memórias da tradição oral, mas, acima de tudo, uma ferramenta de apoio a professores, animadores, técnicos que acreditam que o teatro (ou o que lhe queiram chamar) está ao alcance de todos, desde que respeitem os códigos intrínsecos a esta forma artística. A experiência da escrita, essencialmente para crianças, é algo que procuro gerir sem bloquear a vida que escolhi. Não tenho o dom da ubiquidade por isso, para não perder a credibilidade e cumprir todos os compromissos assumidos e acima de tudo, viver na plenitude a educação dos meus filhos, aproveito as oportunidades de “escrever para publicar” com muito bom senso. Muito em breve sairá o meu novo livro infantojuvenil “O Espantalho sem cor”.

MOC: As esculturas gigantes que constróis, de “vida” efémera, são a tua marca. É caso para se poder dizer… tanto trabalho para nada. Não te afeiçoas às obras que produzes e que acabas por ver serem queimadas no entrudo e noutras festividades? 

AP: Claro que me afeiçoo a elas. Cada obra é como um filho, um pedaço de mim que interfere nas minhas rotinas profissionais e familiares durante as diferentes etapas do processo de criação/construção. São um produto da minha imaginação, são um desafio à minha sensibilidade e ao meu talento. São debatidas à mesa, com os meus filhos e esposa. São partilhadas nas redes sociais, com os meus amigos e alunos. Aos poucos conformei-me com a ideia e tomei consciência da mais valia que representam para as festas ligadas à máscara da nossa região. São um “upgrade” nas tradições seculares do nosso território que se transformaram numa atração turística que contribuem sobremaneira para a economia local. Registo em fotografia todas as fases para mais tarde recordar e, a seu tempo, publicar.  

MOC: Não poderia terminar esta entrevista sem te pedir que nos falasses sobre a atividade da FISGA uma coletividade da qual foste fundador e que te tem como encenador.

AP: Por onde passei procurei, sempre, construir pontes de convergência entre a minha atividade dentro e fora do contexto escolar. As artes do espetáculo na perspetiva da promoção e dinamização de atividades de intervenção cívica e sensibilização social são o meu mundo. Mas cumpro escrupulosamente a minha função de professor na escola que se transformou no meu “epicentro criativo” quando o Piaget de Macedo de Cavaleiros começou a desmoronar-se. Não trabalho para o meu umbigo nem vivo obcecado pelo reconhecimento. Por vezes, a ingratidão e a cegueira de algumas pessoas, com responsabilidades, impelem-me a distanciar-me e a seguir caminhos artísticos mais individualistas e egocêntricos, mas arrependo-me logo a seguir. Os materiais com que construo esculturas são silenciosos e previsíveis, as pessoas com que construo projetos são ninhos de afetos ou experiências de crescimento, pela negatividade. Aproveita-se sempre qualquer coisa. Umas, entram no meu mundo, outras, ignoro. A FISGA surge na minha imaginação quando se consumou a deslocalização artística de Macedo de Cavaleiros para Bragança. Vem na linha da minha atitude perante a vida, a arte e a cultura. Convidei um grupo de cidadãos com interesses comuns, amantes da arte, a reputação e o prestígio pelo meu trajeto, criaram condições para o surgimento dum projeto que, desde o primeiro momento, contou com o apoio do Município de Bragança. É um projeto “através do qual diferentes formas de arte convergem num desígnio comum: Contribuir para a qualidade de vida dos cidadãos de todas as idades desenvolvendo e potenciando as suas capacidades mediante um processo criativo de saberes”. O trabalho que temos feito na comunidade, no Carnaval dos Caretos, com o grupo de teatro, a supervisão do voluntariado da Festa da História, etc, está acima de qualquer suspeita e fala por si. 

MOC: Era imperdoável não falarmos sobre o projeto “Correio Transmontano”, uma página informativa regional online, criada pelo insigne e saudoso João Sampaio e à qual deste continuidade.

AP: O Correio Transmontano é uma história de encanto e magia. Quando o Correio Transmontano estava a dar os primeiros passos, o saudoso João Sampaio passou junto ao armazém do Município onde eu estava a executar uma escultura. Com o seu jeito peculiar, chapéu, óculos escuros, levanta o telemóvel, chama-me e começa a fazer-me perguntas: Como me chamava, o que estava a fazer, para que era, etc. Lembro-me da frase “Caros seguidores do Correio Transmontano, estamos em direto com o senhor professor Acácio Pradinhos…” Confesso, que não levei a sério nem o homem nem o projeto de Jornal online. A partir desse momento ganhei um admirador que encontrou no meu trabalho, alimento para notícias e na minha pessoa um parceiro para um salutar debate de ideias. Cada encontro era pretexto para longas conversas sobre todo o tipo de assuntos que se transformaram numa cumplicidade muito agradável. Aos poucos percebi que era um ser humano fabuloso, um romântico, que tal como eu, “gostava de gostar” das pessoas com princípios e valores. Num meio onde os jogos de interesses e os amigos poderosos são a principal bandeira, encontrar um homem como o João Sampaio encheu-me as medidas. Um homem culto, genuíno e bem-intencionado, que fez do Correio Transmontano um veículo para “fomentar a positividade” por terapia, cidadania e carolice, dizia ele. Depois de partilhar comigo, vezes sem conta, a falsidade que impera na nossa sociedade, o desencanto com os amigos de Peniche que se aproximavam dele com o intuito de instrumentalizar o “seu” projeto de cidadania para promoção pessoal, confidenciava-me que eu era diferente. Um dia convidou-me para editor, com carta branca para publicar. Fui publicando uns conteúdos e a nossa amizade prosperava. Com a sua inesperada morte, conheci a sua encantadora esposa, Marília, e em conversa descobrimos que o João Sampaio trocava comigo frases muito especiais, quase confidenciais, da sua intimidade, em momentos de maior fragilidade: “Juntos somos dinamite” “vamos inundar o nordeste de positividade”. Quando ela e a filha me pediram para não deixar morrer o sonho do João Sampaio não consegui resistir. É isso que tenho feito, sem a sua disponibilidade e talento jornalístico, partilho conteúdos que, orgulhosamente promovem o território, entrevisto pessoas em formato vídeo e faço as edições, divulgo iniciativas que fazem a diferença na vida de alguém. Sem grande alarido e com a consciência que as pessoas de valor e o território são os verdadeiros protagonistas do Correio Transmontano. 

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Acácio Pradinhos, fico-te grato pela imediata disponibilidade demonstrada em me concederes esta entrevista que, certamente, contribuirá para darmos a conhecer um pouco melhor o autor e a sua obra.

Encontrarás sempre, nos espaços que disponho e administro, um local para a divulgação do teu trabalho.

Um abraço.

15/novembro/2022
Henrique Martins

3 comentários:

  1. Obrigado pela atenção. Um grande abraço.

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  2. Caro amigo Henrique ,
    Há muitas luas não tive acesso a uma entrevista tão plena de informações e com duas pessoas tão cultas e assumidamente capazes.
    Admirei o fato de que suas perguntas tenham sido desferidas claramente para trazer transparência e conhecimento; o Acácio Pradinhos mostrou-se à altura daquilo que eu já imaginava, para o Artista Transmontano : ele traz em suas veias o nobre sangue transmontano que pulsa em forma e jeito, do grande Mestre das caretas que tanto aprecio!
    Termino em dizer que foi uma emoção muito grande apreciar a cultura e a competência que esses dois dignos representantes das Terras Altas!
    Sou brasuca, porém depois dessa entrevista, sou 55% tuga; e Transmontano!
    Daqui do meu recanto, em recuperação (junto da esposa, também enferma ), envio um abraço aos dois dignos representantes do povo luso! A pior coisa da Covid 19 é termos momentos de falta de lucidez e pensar que a morte está ali, do lado de fora da porta da casa, aguardando a oportunidade para entrar e completar o serviço; uma entrevista como essa, me faz pensar que ainda vale a pena estar vivo. Espero que breve eu já tenha condições de voltar a escrever textos inéditos para o MOC.
    Um abraço caipira!
    Espero que para após o Natal eu esteja já ativo novamente

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    Respostas
    1. Grato pelas suas palavras. Vivo com a consciência tranquila porque acredito que é possível ser feliz e realizado seguindo a nossa intuição. Um grande abraço.

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