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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 12 de abril de 2023

Moncorvo e Vila Flor trocam documentos históricos que vêm desde a idade média

 Os municípios de Moncorvo e Vila Flor trocaram hoje "importantes" documentos, pergaminhos e objetos em granito que fazem parte da história de cada um destes dois concelhos e que vêm desde a idade média.


“Foi efetuado entre os dois concelhos um auto de entrega de documentos e objetos do município de Torre de Moncorvo pertencentes a Vila Flor, e os que estavam em Vila Flor regressaram ao concelho vizinho. Falamos de documentos históricos como cartas de privilégios do tempo de D. Fernando [1345 – 1383], entre outros pergaminhos, explicou o presidente da câmara de Moncorvo, Nuno Gonçalves.

Entre os documentos régios que estavam em Vila Flor e Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, há ainda estelas e marcos em granito utilizados na delimitação administrativa e territorial que vão figurar nos museus e arquivos de ambos os concelhos transmontanos, os quais a história uniu mas também separou geograficamente.

Os concelhos de Torre de Moncorvo e Vila Flor sempre tiveram uma relação histórica muito próxima, havendo períodos desde os alvores da nacionalidade em que os seus territórios se fundiram por razões religiosas, administrativas e culturais.

A 12 de abril de 1285, D. Dinis concede foral a Moncorvo, passando o concelho a ter nova sede e nova designação, que seria o concelho de Torre de Moncorvo. Para a assinalar a efeméride, os dois municípios celebram esta troca de espólio histórico de forma a regressarem aos seus locais de origem. Esta vila está a celebrar os 738 anos da atribuição do foral.

Já o presidente da câmara de Vila Flor, Pedro Lima, disse que foi feita uma análise aos objetos e documentos históricos em questão em parceria com a Direção Geral de Cultura do Norte (DRCN), para depois os documentos serem entregues aos dois municípios.

“Após uma análise meticulosa por parte da DRCN, procedemos a uma demonstração de boa vontade intermunicipal e assim não ficamos em poder daquilo que não nos pertence”, vincou o autarca de Vila Flor.

De acordo com Pedro Lima, o foral atribuído por D. Dinis a Vila Flor está separado por apenas um ano [24 de maio de 1286] daquele que foi atribuído ao concelho vizinho de Moncorvo.

“Há uma expressão, que se utiliza neste concelho e que diz que foi a mãe Vilariça [referência ao território do vale da Vilariça, onde estão os dois concelho] que teve duas filhas gémeas a que chamou Torre e Vila Flor”, explicou o autarca.

Após este exemplo de cooperação entre dois municípios, Pedro Lima, disse ainda que seria importante que um objeto em ouro, denominado por “Torques” (peça decorativa da idade castreja), encontrado em Vilas Boas, no concelho de Vila Flor, regressasse ao seu local de origem.

Atualmente este objeto pré-histórico em ouro está exposto na sala “ Tesouros da Arqueologia Portuguesa”, do Museu Nacional de Arqueologia.

“ Atualmente este objeto está guardado numa caixa forte, dadas as obras em curso neste museu”, disse Pedro Lima.

Ambos os autarcas são da opinião de que o espólio histórico de cada concelho deveria ficar nas localidades de origem e não andarem espalhados por museus ou arquivos fora destes territórios ou em museus nacionais.

FYP // MSP
Lusa/fim

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