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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

DIRETOR DA EPA NÃO SE CONFORMA COM INDEFERIMENTO DE CANDIDATURA PARA CRIAÇÃO DE CENTRO TECNOLÓGICO INDUSTRIAL

 CANDIDATURA APROVADA NO ÂMBITO DO PRR NO VALOR DE 1,5 MILHÕES DE EUROS VAI PARA O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS ABADE DE BAÇAL EM BRAGANÇA. MARCELINO MARTINS COLOCA EM CAUSA OS CRITÉRIOS APLICADOS E FALA AINDA DE FALTA DE APOIO DO PODER LOCAL. A AUTARCA DE MIRANDELA DIZ QUE CABE A COMISSÕES INDEPENDENTES FAZER A ANÁLISE DAS CANDIDATURAS.


O Diretor da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural (EPA) de Carvalhais, no concelho de Mirandela, está revoltado com a atribuição do Centro Tecnológico Industrial, na área da CIM Terras de Trás-os-Montes, ao Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, de Bragança, no valor de um milhão e meio de euros, que obteve a aprovação da candidatura financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em detrimento da que foi apresentada pela escola que dirige.

Marcelino Martins diz que a EPA de Carvalhais “era a única na região que se enquadrava para receber este centro tecnológico” e não esconde a frustração com o indeferimento. “À vaga sobrante, concorremos nós e o agrupamento Abade de Baçal, o que achamos muito estranho porque eles têm como oferta formativa profissional, os cursos de multimédia e de geriatria, enquanto a EPA tem cursos na área da mecatrónica automóvel, de vitivinicultura, agro-pecuária, turismo ambiental e rural, cozinha/pastelaria, pelo que seria normal o investimento ser feito na nossa escola”, conclui.

O diretor da EPA de Carvalhais entende que o critério para aprovação da candidatura, estar diretamente ligado à taxa de conclusão dos cursos está completamente errado. “Vamos ser realistas. Nós recebemos alunos com quadrantes económicos completamente diferentes do que qualquer escola na região e fazemos desse alunos, excelentes profissionais para o mercado de trabalho, dentro do ramos do seu curso profissional, muitos deles frequentam o ensino superior e também recebemos muitos alunos em fim de linha que os agrupamentos já não querem porque só têm comportamentos desviantes e nada conseguem fazer deles e nós ali fazemos autênticos milagres, pelo que não podemos só olhar para a taxa de conclusão para dar deferimento ou indeferimento a estas candidaturas”, afirma.

Marcelino Martins acredita mesmo que desta forma até estão a subverter-se os objetivos que estes centros tecnológicos pretendem atingir e deixa alguns exemplos. “Conseguimos ir para profissionais de eletricidade, de pichelaria, canalização, carpintaria, ou chaparia, que são setores que têm uma falta de mão-de-obra qualificada no mercado de trabalho que as pessoas não imaginam, muito mais do que em multimédia”, adianta.

O diretor da EPA elogia o trabalho feito pelo poder local de Bragança neste processo. “Tenho de dar os parabéns à Abade de Baçal e nomeadamente ao poder local de Bragança porque fizeram um trabalho fantástico, nada contra”, diz. No entanto, Marcelino Martins tem uma teoria para explicar esta situação. “O que está em causa é que Mirandela já tinha recebido um centro tecnológico ligado à informática, no agrupamento de escolas de Mirandela, na primeira fase, e então agora ia ficar outro e nenhum na capital de distrito?”, ironiza.

Ao invés, deixa críticas ao poder local de Mirandela. “A ajuda que tivemos foi a assinatura do protocolo, não vale a pena estarmos aqui com ilusões. É evidente que tinha de haver uma ajuda maior”, refere Marcelino Martins que começa a pensar que a EPA “é uma pedra no sapato para muitos agrupamentos de escola, porque cada vez recebemos mais alunos e ao ficarem sem eles recebem menos verbas”, acrescenta.

Sobre estas críticas do diretor da EPA de Carvalhais, a autarca de Mirandela já tinha sido confrontada na última reunião da Assembleia Municipal, onde respondeu que o executivo não tinha qualquer influência na decisão. “Soube que foi reprovada, lamentando obviamente, mas são comissões independentes que fazem essa análise e acredite que se houvesse da nossa parte essa possibilidade de apoiar tínhamos apoiado, até porque é uma entidade parceira e é um privilégio ter a EPA como resposta profissional em Mirandela”, afirmou Júlia Rodrigues.

Artigo escrito por Fernando Pires (jornalista)

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